Dados do Trabalho
Título
COBERTURA VACINAL CONTRA O PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA CIDADE DE OSORIO/RS ENTRE 2014 E 2021
Fundamentação/Introdução
Existem mais de 200 tipos de papilomavírus humano (HPV) identificados, destes, 15 estão relacionados ao câncer cervical, podendo ocasionar lesões na pele e mucosas, assim como carcinomas genitais em mulheres e homens. Todavia, o câncer cervical apresenta alta taxa de mortalidade, apesar de prevenível através da vacinação de crianças e adolescentes e da realização do exame preventivo.
Objetivos
O presente estudo teve como objetivo analisar a cobertura vacinal (vacina HPV quadrivalente) no município de Osório, entre 2017 e 2021, em meninos e meninas de 10 a 14 anos. Os dados do município também foram comparados com os do Brasil e do Rio Grande do Sul (RS).
Delineamento e Métodos
Foi realizado um estudo observacional ecológico, com dados coletados entre outubro e novembro de 2022 referentes a quantidade de doses aplicadas (1ªe 2ª doses) na base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e no Sistema Municipal de Dados em Saúde de Osório, o que foi realizado com autorização da Secretaria Municipal de Saúde. Para o cálculo do acesso à vacinação e da cobertura vacinal anual foram considerados o número de doses (1ª e 2ª doses) aplicadas em coortes separadas por sexo e idade entre os anos de 2014 e 2021 e a população estimada para cada idade pelo Ministério da Saúde (MS) nos anos supracitados. Enquanto isso, a cobertura vacinal contra o HPV para meninas de 15 anos de idade foi calculada considerando o total de doses (2ª dose) aplicadas em meninas de 9-14 anos, que completaram 15 anos em 2021, de 2015 até 2020 e a população estimada de meninas com 15 anos no ano de 2021.
Resultados
Quanto à cobertura anual, observa-se uma redução progressiva no Brasil, no RS e na cidade de Osório, contudo a cidade de Osório destaca-se com cobertura vacinal anual maior durante todo o período analisado. Em 2021, foi observado que a cobertura vacinal de meninas com 15 anos foi abaixo da meta estabelecida pelo MS no Brasil (67.44%), no RS (58.12%) e na cidade de Osório (75.91%).
Conclusões/Considerações Finais
Fica evidente a deficiência das campanhas de vacinação voltadas para o combate ao HPV. O baixo acesso à vacina contra a doença reflete-se na redução da cobertura vacinal anual acentuada entre os anos de 2019 e 2021. Com isso, torna-se necessária a adoção de novas estratégias para ampliar a cobertura vacinal nessa população, com o intuito de reduzir a possibilidade de neoplasias, mas principalmente limitar a transmissão do vírus no país.
Palavras Chave
Cobertura vacinal; Papilomavírus humano; HPV;
Arquivos
Área
Tema Livre
Autores
KEILAH PINTO GULARTE, JOÃO VITOR MOTTI DA SILVA, EMERSON ALVES DA SILVA, GABRIEL CORTEZE NETTO, ROBERTA ORIQUES BECKER