Dados do Trabalho


Título

Alterações em exames citopatológicos e análise da vacinação contra o Papilomavírus Humano em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul.

Fundamentação/ Introdução

A infecção pelo Papilomavírus humano (HPV), principalmente de alto risco HPV 16 e HPV 18, está diretamente relacionada com o surgimento do câncer de colo de útero (CCU). As estratégias de prevenção e controle para o CCU incluem a vacinação contra o HPV, reduzindo a prevalência da doença em longo prazo; e a detecção das lesões celulares através do exame citopatológico, permitindo o diagnóstico precoce e auxiliando no tratamento.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de alterações celulares nos exames preventivos realizados pelo Sistema Único de Saúde de mulheres residentes em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, bem como, verificar a quantidade de doses aplicadas em meninos e meninas de 9 a 14 anos da vacina contra o HPV no município.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo observacional e transversal que analisou dados do Sistema de Informação do Câncer e do Sistema de Informação do Programa de Imunizações referentes aos exames citopatológico e as doses vacinais realizadas no período de 2017 a agosto de 2020. Os dados foram analisados através de cálculos de frequência e média.

Resultados

Como resultado, dos 4091 exames avaliados, a presença de alteração benigna foi encontrada em 40,67% das amostras, sendo a inflamação a mais prevalente (33,32%). As atipias celulares foram observadas em 1,58% dos exames, dentre elas LSIL foi a mais frequente (56,92%), seguida de ASCUS (33,85%). A faixa etária com a maior porcentagem de alteração citopatológica foi mulheres de 20 a 29 anos (29,23%). Foram aplicadas 2065 doses da vacina contra o HPV, sendo que a maior quantidade no ano de 2017 (35,7%). Em relação ao sexo, foi observado que a vacinação ocorreu de forma mais expressiva em meninos do que meninas. Avaliando a idade, o grupo de 9 anos foi o mais vacinado (25,86%) e a adolescentes de 14 anos foram os que menos realizaram a vacinação (6,73%).

Conclusões/ Considerações Finais

Conclui-se que as alterações benignas foram as mais prevalentes e dentre as atipias, LSIL foi a mais encontrada. Observou-se uma maior imunização de meninos que meninas e, segundo a idade, adolescentes de 9 e 14 anos foram, respectivamente os mais e menos vacinados.

Palavras-Chave

Neoplasias do Colo do Útero. Papanicolaou. Papilomavírus Humano. Vacinação.

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Luísa Porto da Silva, Aline Daniele Schuster