Dados do Trabalho


Título

COINFECÇÕES BACTERIANAS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS E POSITIVOS PARA SARS-COV-2 – UMA REVISÃO DA LITERATURA

Fundamentação/ Introdução

Até agosto de 2022, 6.433.794 mortes foram causadas pelo Vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2), que desencadeou a pandemia da doença de coronavírus (COVID-19). Visto que o SARS-COV-2 tem como principal alvo o sistema respiratório e não apresenta manifestações clínicas específicas, torna-se um desafio realizar a diferenciação entre uma infecção por SARS-COV-2 associada à uma infecção bacteriana. Além disso, as coinfecções podem agravar o quadro do indivíduo, o qual estando em ambiente hospitalar, se torna ainda mais vulnerável.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão narrativa de pacientes hospitalizados, com diagnostico positivo para COVID-19 e com diagnóstico de coinfecções bacterianas.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo de pesquisa de literatura onde foram analisados 10 artigos científicos relacionados ao tema. O principal banco de dados bibliográficos selecionado foi o PubMed e os termos de pesquisa utilizados foram “Bacterial co-infection”, “COVID-19”, “Pneumonia”, “Respiratory Pathogens”, “SARS-COV-2”. Todos os artigos selecionados foram escritos em inglês, sendo incluídos artigos publicados e disponibilizados na íntegra desde 2020 até o momento atual, e realizados em diferentes países. Como critério de exclusão foi avaliado o tipo de estudo, sendo excluídos todos aqueles que se tratavam de revisão.

Resultados

As bactérias encontradas com maior frequência foram Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae, em 80% (8/10) dos estudos. Além destas, foi detectada a presença de Pseudomonas aeruginosa em 60% (6/10), Streptococcus pneumoniae em 40% (4/10), Acinetobacter baumannii, Haemophilus influenzae e Escherichia coli em 30% (3/10). Staphylococcus epidermidis, Moraxella catarrhalis, Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae e Serratia sp também foram detectadas. Não foram observadas relações de maior frequência em determinado sexo e idade nos pacientes com as infecções bacterianas relatas.

Conclusões/ Considerações Finais

Estudos como este são capazes de avaliar coinfecções que podem decorrer a partir de intervenções da hospitalização, como o uso de ventilação mecânica. Quadros mais severos por infecção hospitalar prolongada, como após internação em unidades de terapia intensiva (UTI) também devem ser considerados. Dessa maneira, é importante que seja avaliado a suscetibilidade de patógenos para estabelecer melhores medidas terapêuticas e uso adequado de antibióticos, prevenindo possíveis resistências bacterianas.

Palavras-Chave

Bactérias. COVID-19. Infecções hospitalares

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade Feevale - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Jaqueline Rhoden, Janaína Franciele Stein, Caroline Rigotto