Dados do Trabalho


Título

NANOPARTÍCULAS DE CURCUMINA E CAPSAICINA COMO TRATAMENTO ALTERNATIVO PARA COLITE ULCERATIVA

Fundamentação/ Introdução

A colite ulcerativa é uma doença inflamatória crônica cujo tratamento consiste em imunossupressores e 5-aminossalicilatos, como a sulfasalazina. Porém, estes fármacos podem causar efeitos adversos, como toxicidade renal, o que enfatiza a relevância da busca por tratamentos alternativos.
Nesta doença, a enzima piruvato quinase (PK) encontra-se elevada em amostras fecais. Assim, a análise da expressão de isoformas da PK cerebral (PKM1) e intestinal (PKM2) em camundongos induzidos à colite, pode ajudar a elucidar os mecanismos de ação desta doença.

Objetivos

O estudo objetivou avaliar a expressão gênica da enzima PK, tanto no cérebro quanto no intestino de camundongos induzidos à colite e tratados com sulfasalazina e NCC.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo experimental quantitativo aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Franciscana sob número de protocolo 003/2018. Foram usados vinte e quatro camundongos fêmeas C57BL/6 divididas e tratadas de acordo com os seguintes grupos: C: água; D: dextran; D-S: dextran + sulfasalazina; D-NCC: dextran + NCC. Os tratamentos foram aplicados por gavagem intragástrica por sete dias, após os quais foi realizada a eutanásia por decapitação. A colite foi induzida com dextran sulfato de sódio a 5%.
O RNA foi extraído pelo método Trizol e o cDNA sintetizado com kit de transcrição reversa de cDNA (Termo Fisher®). Em seguida foi realizada a RT-qPCR, utilizando GoTaq qPCR Master Mix Kit (Promega®). A expressão relativa do gene alvo foi comparada à expressão do gene GAPDH, utilizado como controle endógeno. A análise estatística foi feita por meio de Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey.

Resultados

Nenhuma variação significativa foi observada entre os grupos em relação à expressão de PKM1. Quanto à PKM2, foi observada diferença significativa entre os grupos C e D, com maior expressão para o grupo C. O grupo D-NCC também mostrou variação significativa quando comparado ao grupo D, apresentando-se similar ao grupo C.

Conclusões/ Considerações Finais

Constata-se que nenhum dos tratamentos foi capaz de modular a expressão da enzima PKM1. Entretanto, o fato da PKM2 demonstrar-se mais expressa no grupo C do que no grupo D indica que a influência do dextran no tecido é capaz de reduzir a expressão dessa enzima. Assim, a variação encontrada entre os grupos D e D-NCC pode representar a capacidade das NCCs de reverter os danos gerados pela colite neste modelo.

Palavras-Chave

Piruvato quinase, expressão gênica, doenças inflamatórias.

Área

Tema Livre

Autores

Vítor Pereira Klein, Nara Beck Martins, Jéssica Dotto de Lara , Huander Felipe Andreolla, Virginia Cielo Rech