Dados do Trabalho


Título

Análise comparativa dos parâmetros de testes rápidos para o diagnóstico de Sars-CoV-2

Fundamentação/ Introdução

O vírus Sars-CoV-2, membro da família Coronaviridae, é o responsável por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave que emergiu em 2019 na China, alcançando todos os continentes nos meses seguintes. A COVID-19, doença resultante da infecção pelo vírus, compreende uma série de manifestações clínicas e laboratoriais e passou a ser diagnosticada através de testes rápidos para pesquisa de antígeno viral, sorologia para a quantificação dos anticorpos e RT-PCR, que é o padrão ouro para diagnóstico.

Objetivos

Comparar os parâmetros informados nas bulas dos testes imunocromatográficos para detecção de anticorpos para Sars-CoV-2 aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Delineamento e Métodos

Foi realizada uma revisão bibliográfica com consulta nas bulas dos testes e a partir de informações fornecidas pela Anvisa através da internet, além de artigos publicados nas plataformas Scielo e PubMed.

Resultados

Foram consultadas 07 bulas de testes imunocromatográficos para a detecção de anticorpos contra o vírus. Foram avaliados os parâmetros de sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN) e fatores descritos como interferentes nos testes. Todos os testes apresentaram uma melhor detecção quando se trata de IgG. Alguns fornecedores apresentaram 85% quando se trata de IgM e acima de 95% para detecção e IgG em relação a sensibilidade e especificidade. Os testes que não discriminam as imunoglobulinas apresentaram, provavelmente por este motivo, uma sensibilidade de 86,43%, reduzida em relação aos demais. Houve discrepância no número de indivíduos testados e alguns fabricantes descreveram possível interferência nas amostras por hemólise, lipemia e/ou icterícia, porém é permitida a utilização de sangue total para diminuir estes possíveis interferentes.

Conclusões/ Considerações Finais

Os testes rápidos para Sars-Cov-2 não possuem uma padronização no número de amostras testadas, afetando diretamente a confiabilidade dos testes. Os resultados para pesquisa de anticorpos IgG são superiores aos de IgM, nos parâmetros de especificidade, sensibilidade, acurácia, VPP e VPN. Desta forma, existe uma maior probabilidade de resultados falsos negativos na fase aguda da doença. Com base nesta pesquisa, foi evidenciado que a Anvisa não possui critérios de aceitação e rejeição para a aprovação e liberação dos testes comercializados.

Palavras-Chave

Sars-Cov-2; Imunoglobulinas; Cromatografia de afinidade; COVID-19.

Área

Tema Livre

Instituições

Faculdade Anhanguera - Rio Grande do Sul - Brasil, ULBRA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Juliete da Silveira, Emiliana Claro Avila, Allyne Cristina Grando