Dados do Trabalho


Título

O ÁLCOOL CORTA O EFEITO DO ANTIBIÓTICO: Verdade ou mito?

Fundamentação/ Introdução

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja aproximadamente 2 bilhões de pessoas em todo o mundo consumidoras de bebidas alcoólicas e 76,3 milhões apresentam algum tipo de desordem como consequência do uso do álcool. Uma das interações medicamentosas mais comuns à sabedoria popular é do álcool com antimicrobianos. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, os antimicrobianos correspondem a uma classe de fármacos utilizada no tratamento contra infecções bacterianas.

Objetivos

Avaliar, de acordo com a literatura, quais fatores nocivos ocorrem com o uso concomitante de álcool e antimicrobianos.

Delineamento e Métodos

Interações medicamentosas são o evento clínico em que os efeitos de um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico ambiental. Constitui causa comum de efeitos adversos. O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco. A combinação de alguns fármacos com uso concomitante de álcool pode elevar ou diminuir a potencialidade do medicamento, aumentando a toxicidade hepática, provocando diversos efeitos colaterais e nocivos ao organismo. Um estudo publicado pelo instituto Molecular Pharmaceutics mostrou que o álcool pode alterar a interação de enzimas quando em contato com cerca de 5 mil medicamentos disponíveis no mercado.
Quando a interação abrange o uso de álcool de forma sinérgica ao tratamento com antimicrobianos, existe muita cultura popular sendo disseminada de forma incorreta. Não há interação direta que corte o efeito do antimicrobiano após ingestão de álcool. No entanto, algumas classes de antimicrobianos, como as cefalosporinas e os nitroimidazólicos, se usadas simultaneamente ao uso de bebidas alcóolicas podem ocasionar a síndrome dissulfiram, que provoca no organismo efeitos adversos intensos, devido ao acúmulo de acetaldeído no trato hepático, responsável por efeitos intensos como êmese, cefaleia, palpitações, hipotensão, dificuldade respiratória e aumento do risco de desenvolver lesões no fígado, pois é o órgão responsável pela metabolização do medicamento.

Resultados

Muito, não anula o efeito do antibiótico.

Conclusões/ Considerações Finais

Apesar de haver efeitos adversos relacionados ao uso de classes específicas de antimicrobianos e álcool, não há evidências sobre a diminuição do efeito antimicrobiano gerado pelos fármacos durante o tratamento.

Palavras-Chave

Antibiótico e álcool

Área

Tema Livre

Autores

Isadora Letícia Pinheiro dos Santos , Paulo ISADORA DOS SANTOS, Barbara Sackser Horvath