Dados do Trabalho


Título

RISCO DE ISQUEMIA COM A UTILIZAÇÃO DO PREENCHEDOR ÁCIDO HIALURÔNICO NA HARMONIZAÇÃO FACIAL

Fundamentação/ Introdução

O preenchimento com Ácido Hialurônico (AH) está entre os procedimentos estéticos mais realizados mundialmente. Complicações leves se manifestam com uma inflamação e sensibilidade no local da aplicação . Complicações mais graves estão relacionadas com a falta de conhecimento anatômico, vascular e nerval da face, causando consequências como isquemia por compressão vascular ou embolia para o depósito do produto de forma intravascular .

Objetivos

Realizar uma revisão bibliográfica a fim de compreender melhor as diversas complicações e riscos do uso do preenchedor AH em procedimentos realizados na harmonização facial.

Delineamento e Métodos

Revisão de literatura qualitativa.

Resultados

A utilização do AH dentre a grande variedade de produtos que são destinados ao preenchimento facial é uma das mais indicadas, pois tem as melhores características como: compatibilidade, duração, possibilidade de reversão e perceptibilidade. Durante o procedimento, devem-se respeitar as estruturas vasculares, pois há regiões com tecido conectivo denso apresentando uma projeção de veias e artérias, sendo que a utilização de agulhas ou cicatrizes na região favorecem a injeção intra-arterial. A isquemia induzida por AH é rara, geralmente ocorrendo como resultado da introdução do AH diretamente no vaso sanguíneo, resultando também na compressão externa ao vaso ou lesão vascular. O evento embólico vascular inicial é a com presença do branqueamento momentâneo da pele, que pode durar apenas alguns segundos (algumas vezes sendo ausente), progredindo para o livedo reticular, formação de bolhas, crostas, necrose, esfacelo e, finalmente, a cicatrização, processo que pode levar seis semanas ou mais, podendo causar cegueira permanente, distúrbios visuais-parciais, acidente vascular cerebral e infecção, dependendo de qual vaso sanguíneo for acometido. Após o primeiro reconhecimento do comprometimento vascular pelo profissional, são recomendadas a aplicação de compressas mornas e massagem no local, pois o calor local promove a dilatação vascular, e a massagem pode ajudar na distribuição do material já que a pressão irá movimentar o êmbolo. A hialuronidase, enzima que degrada o AH, é crucial no tratamento, sendo injetada no local isquêmico, aplicadas altas doses da enzima seguida de massagem.

Conclusões/ Considerações Finais

A utilização do AH deve ser cuidadosa evitando locais altamente vascularizados para não haver complicações como a isquemia.

Palavras-Chave

ARTÉRIAS , PREENCHIMENTO FACIAL.

Área

Tema Livre

Autores

Jédina Luiza Palaoro , luiza Knech, Everton Padilha , Rodrigo Ce, Raphael Sahd