Dados do Trabalho


Título

Levantamento epidemiológico dos casos prováveis de dengue e seus sorotipos encontrados no Brasil de 2017 a 2021

Fundamentação/ Introdução

O mosquito Aedes aegypti apresenta-se sendo o vetor da dengue, a qual é considerada a doença de transmissão vetorial com o maior crescimento no mundo (MACIEL, JÚNIOR, MARTELLI; 2008). O arbovírus causador da patologia pertence ao gênero Flavivírus, sendo que, até o presente, foram identificados quatro sorotipos, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 (PUSTIGLIONE, 2016). Pessoas residentes em áreas endêmicas dessa doença podem apresentar várias infecções por sorotipos diferentes no decorrer da vida (MACIEL, JÚNIOR, MARTELLI; 2008).

Objetivos

Apresentar quantitativamente, por intermédio de dados coletados no DATASUS, os sorotipos de dengue encontrados no Brasil de 2017 a 2021;

Delineamento e Métodos

Na plataforma DATASUS (2022), selecionou-se as opções “ano notificação”, “sorotipo”, “casos prováveis", “2017, 2018, 2019, 2020, 2021” e “todas as categorias”, respectivamente, nos campos de linha, coluna, conteúdo, períodos disponíveis e região de notificação. A partir da tabela gerada por intermédio da seleção dos fatores de inclusão, promoveu-se uma análise das incidências dos possíveis casos de sorotipos de dengue, realizando-se os cálculos das porcentagens e observou-se, dentro da plataforma, as regiões geográficas com maior e menor ocorrência.

Resultados

Nos cinco anos selecionados para este trabalho, um total de 3.567.211 casos de dengue foram apresentados pelo sistema. Desses, 99,28% constam como Ign/Branco (Ignorados ou Em Branco), 0,26% como DENV-1, 0,43% como DENV-2, 0,00078% como DENV-3 e 0,014% como DENV-4. Nesse aspecto, em uma análise de todas as regiões brasileiras, percebe-se que dentre os casos com identificação do sorotipo, aqueles que possuíram maior índice de incidência são, respectivamente, DENV- 2, 1, 4 e 3. No que tange à divisão geográfica, a região Sudeste é a que apresenta maior número de casos, seguida da Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte. Essa distribuição de casos pode estar relacionada ao clima, regime de chuvas e ações antrópicas.

Conclusões/ Considerações Finais

Conclui-se que, mesmo possuindo abrangência nacional, não há a identificação dos sorotipos em grande parte dos possíveis casos. Além disso, aquele que apresentou maior incidência foi o DENV-2, além de que a região Sudeste possuiu o maior número de notificações totais. Sob esse cenário, caso os sorotipos dessa patologia sejam melhor analisados e registrados, poderão fornecer subsídios para que um melhor direcionamento de ações de controle do Aedes aegypti possa ser realizado e também promover inovações.

Palavras-Chave

Aedes aegypti; Dengue; Epidemiologia.

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade Paranaense (UNIPAR) - Paraná - Brasil

Autores

João Pedro Silvestre Armani, Anderson Felipe Ferreira