Dados do Trabalho

Título

Parvovirose humana, uma patologia transmitida verticalmente.

Fundamentação/ Introdução

Malformações congênitas constituem alterações morfológicas, estruturais, de base genética, metabólica e/ou ambiental decorrentes de fatores originados antes do nascimento. Inúmeras infecções maternas provocadas por microrganismos (bactérias, vírus ou prototozoários), podem ser transmitidos para o feto de forma congênita. Esta transmissão pode ser dar por via hematogênica, transplacentária, após a mãe ser infectada, ou mais raro, por via ascendente, diretamente através do colo do útero, durante a gestação. As infecções por microrganismos são importantes causa de mortalidade e morbidade fetal. Na literatura, muitos trabalhos relatam o Parvovírus B19 (PB19) como causa de infecção intrauterina, ainda que com infecção materna subclínica, podendo resultar em grave síndrome congênita ou morte fetal.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura com o intuito de auxiliar em informações relevantes sobre a epidemiologia, patogenia e quadro clínico da infecção causada pelo parvovírus B19 durante a gestação.

Delineamento e Métodos

Foi realizado estudo qualitativo de caráter teórico, baseado em revisão bibliográfica. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas Scielo, PubMed e Google acadêmico, incluindo artigos publicados sobre transmissão vertical, malformações congênitas e infecções por PB19 anemia fetal e hidropisia.

Resultados

Na transmissão vertical, o vírus PB 19 ultrapassa a barreira placentária e entra na circulação fetal, acometendo as células progenitoras dos eritrócitos, nas quais ocorre a replicação viral. A destruição dessas células pelo PB 19 durante o período de viremia provoca grave redução dos glóbulos vermelhos e da concentração da hemoglobina fetal. A infecção por Parvovírus B19 durante a vida intrauterina merece uma atenção especial, pois pode acometer o feto de forma grave, devido às alterações fetais que pode provocar, como anemia fetal, hidropisia fetal não imune e até perda fetal.

Conclusões/ Considerações Finais

Se faz necessário que sejam investidos mais esforços em estratégias que auxiliem e acompanhem as crianças portadoras de anomalias congênitas, e recomenda-se que mais estudos sejam realizados a fim de se conhecer bem os fatores teratogênicos e suas causas associadas, minimizando seus riscos e diminuindo suas incidências.

Palavras-Chave

Malformações congênitas, Parvovírus B-19, transmissão vertical.