Dados do Trabalho


Título

Avaliação da frequência fenotípica de Rh e Kell em doadores de sangue de um serviço de hemoterapia privado de Caxias do Sul

Fundamentação/ Introdução

A fenotipagem de doadores em serviços de hemoterapia, tornou-se importante a fim de evitar a aloimunização e reações transfusionais que podem levar o receptor à óbito. Além do sistema sanguíneo ABO, os sistemas Rh e Kell possuem grande importância clínica.

Objetivos

O presente estudo objetiva verificar se a frequência fenotípica de Rh e Kell em doadores de sangue do tipo O de um serviço de hemoterapia privado de Caxias do Sul, se correlaciona com a etnia dos mesmos.

Delineamento e Métodos

Este estudo é caracterizado como estudo epidemiológico observacional retrospectivo. A população do estudo foi composta de dados de fenotipagem de 257 indivíduos provenientes do banco de dados do Banco de Sangue de Caxias do Sul/RS. Foram incluídos no estudo os indivíduos do sexo masculino, residentes na cidade de Caxias do Sul, com idade igual ou superior a 18 anos, do tipo sanguíneo O, que fossem ativos na doação de sangue no período de janeiro a dezembro de 2019 e que foram submetidos duas vezes à fenotipagem. Foram excluídos aqueles que não apresentavam o cadastro completo no momento do estudo. Todos os dados foram computados em tabelas no programa Excel Microsoft Office 2007 e após foram analisados pelo software SPSS, versão 22. Por se tratar de dados categóricos, foi realizada a análise com o teste qui-quadrado e correlação de Spearman para dados não paramétricos.

Resultados

Da população em estudo, 48,6% eram pardos e 81,7% apresentaram fator Rh positivo. Quanto à característica fenotípica para Rh e Kell, 29,6% dos doadores apresentavam c+, C+, e+, E-, K-, 21% o fenótipo c+, C-, e+, E-, K- e 18,3% dos doadores eram c-, C+, e+, E-, K-. Quanto ao antígeno do sistema Kell, 94,9% da amostra apresentava o antígeno K como negativo. Foram encontrados mais indivíduos brancos com E+ e indivíduos pardos com E- negativo que o esperado. Da mesma forma, o fator Rh teve relação com a expressão dos antígenos c, C, e E.

Conclusões/ Considerações Finais

O fenótipo com maior frequência na população de doadores foi c+, C+, e+, E-, K-, o que foi significativo a relação com os doadores fator Rh positivo, em contrapartida, não houve relação com as etnias estudadas. O antígeno K-, apresentou-se frequente em mais de 90% da população. Em geral, não houve uma relação das etnias com os fenótipos, mas sim com os antígenos isoladamente. Esse conhecimento dos grupos sanguíneos da população, colabora para o aprimoramento da medicina transfusional, evitando riscos indesejáveis por incompatibilidade sanguínea

Palavras-Chave

Transfusão sanguínea, Kell, Rh, doador de banco de sangue, banco de sangue

Área

Tema Livre

Autores

GABRIELLY RODRIGUES, CAROLINA GARRIDO ZINN