Dados do Trabalho

Título

SÍFILIS CONGÊNITA E EM GESTANTE: IMPACTO DO SURTO EPIDEMIOLÓGICO NA SAÚDE BRASILEIRA

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível considerada sistêmica, de evolução crônica e causada pela bactéria Treponema pallidum. Quando ocorre durante a gestação acomete o feto por via placentária e as complicações clínicas são reflexo da enfermidade na gestante não tratada ou com tratamento inadequado. A doença tem seu aumento comprovado e se torna um problema de saúde pública com significante impacto quanto a seu modo de transmissão, causando graves desfechos na gestante e seus filhos, além de evidenciar expressivas falhas dos serviços de saúde.

Objetivos

Caracterizar, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o número de casos de sífilis em gestante de 1980 a 2018 e sífilis congênita no período de 2011 a 2018 no Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal desenvolvido a partir dos registros de notificação compulsória de sífilis em gestantes de 1996 a 2018 e casos de sífilis congênita, no período de 2011 a 2018, extraídos das bases de dados online e de acesso público do SINAN Net.

Resultados

Os casos de sífilis notificados desde o ano de 1996 até 2013 mantiveram abaixo de 10 casos notificados, em 2014 foram 20 casos, em 2015 foram 40, em 2016 foram 94, em 2017 foram 4108 e no ano de 2018 foram 59022 casos. A notificação de casos de sífilis congênita variou de um caso em 2011, 1 em 2012, 3 em 2013, 7 em 2014, 7 em 2015, 33 em 2016, 671 em 2017 e 23935 casos em 2018.

Conclusões/Considerações Finais

O aumento de casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita cresceu em grande escala nos últimos anos demonstrando que representa um grave problema de saúde pública, necessitando ações durante o pré-natal, maiores orientações sobre os testes durante a gravidez, melhores políticas de educação em saúde, enfrentamento da doença e seus agravos.

Palavras-chave

Sífilis; Saúde da mulher; Cuidado pré-natal.