I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA AGUA DE BALNEARIOS RURAIS NO RIO GRANDE DO SUL

Fundamentação/Introdução

Na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul, há locais propícios para banho e consequente contato primário entre ser humano e água. Esses locais tornam-se balneários rurais de áreas específicas para banhos recreacionais. Entretanto, não possuem monitoramento quanto à balneabilidade, mesmo com considerável circulação de pessoas. O controle de qualidade da água de balneários é estabelecido pela Resolução CONAMA número 274 de 2000, a qual classifica a água em própria e imprópria para banho. Essa predita, entre outros parâmetros de avaliação, o número mais provável de Escherichia coli (NMP) por 100 ml. Ela prevê, neste caso, coleta da água em questão durante cinco semanas. Para estar de acordo com o padrão, 80% das amostras precisam mostrar-se abaixo de 800NMP/100mL e a última deve ser inferior à 2000NMP/100mL.

Objetivos

Analisar a água de três balneários rurais, nos municípios de Rolante, Riozinho e Taquara de acordo com a resolução, a água nos três pontos

Delineamento e Métodos

Foram coletadas cinco amostras de cada ponto, durante cinco semanas consecutivas, do dia nove de janeiro até dois de fevereiro de 2019. As amostras foram analisadas quanto à presença de Escherichia coli, com o kit Colilert para detecção de atividade da enzima β-glucurinodase, que utiliza o substrato MUG.

Resultados

O único ponto que estava de acordo com os padrões estabelecidos pela resolução foi o balneário de Riozinho, que apresentou somente uma amostra superior a 800NMP/100mL. Os outros dois pontos mostraram-se impróprios para banho, sendo 40% das amostras de Rolante, isto é 2/5 das amostras, superiores à 800NMP/100mL. O balneário de Taquara apresentou 60% das amostras superiores ao limite estabelecido, ou seja, 3/5 das mesmas. No município de Rolante, a segunda amostra possuiu seu NMP/100mL analisado em 2400 e sua última em 1200NMP/100mL. Já em relação à Taquara, foram a segunda amostra, com 20000NMP/100mL, a terceira, 1100NMP/100mL, e a quarta, 2900NMP/100mL, as quais foram identificadas como acima do limite.

Conclusões/Considerações Finais

A localização privilegiada, longe de aglomerações urbanas, não é garantia de que as águas não sofram poluição pela presença fecal, como a avaliação considera bactérias fecais oriundas de animais de sangue quente, não é possível afirmar a origem desta contaminação, que pode ser causada por humanos ou pela criação de animais. A utilização de um marcador fecal mais preciso, como vírus, indicaria a fonte desta poluição.

Referências

Palavras-chave

Área

Tema livre

Instituições

UNIVERSIDADE FEEVALE - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Yuri Pedde, Tatiana Moraes Silva Heck, Morgana Machado, Rodrigo Staggemeier, Carlos Augusto do Nascimento