I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

ESCARLATINA: UMA REVISAO SOBRE ASPECTOS EPIDEMIOLOGICOS

Fundamentação/Introdução

A escarlatina é uma doença infectocontagiosa aguda, provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes pertencentes ao gênero Streptococcus beta-hemolítico do grupo A, que produz toxinas pirogênicas, sendo incomum à infecção pelo estreptococo dos grupos C e G. Esta doença é multissistêmica, apresentando sintomas como febre e erupções cutâneas. A escarlatina está associada à faringite, e eventualmente, aos impetigos. A doença pode manifestar-se em qualquer idade, acometendo ambos os sexos. O contágio ocorre pelo contato direto ou indireto, através de gotículas da saliva ou secreções nasofaríngeas, portanto, ambientes fechados favorecem a transmissão. A distribuição da escarlatina é universal, e atualmente, a forma toxêmica grave é pouco comum.

Objetivos

Esta revisão tem o objetivo compreender aspectos epidemiológicos da doença aqui investigada.

Delineamento e Métodos

A pesquisa de revisão bibliográfica foi realizada por meio de uma busca na base de dados eletrônicos (PubMed, Medline, Scielo).

Resultados

De acordo com as informações obtidas através da revisão, percebe-se um aumento de relatos de casos em diferentes países nos últimos anos. Estudos realizados no Brasil revelam uma taxa maior (11,3%) de portadores sadios ou assintomáticos de estreptococos do grupo A, em crianças de ambos os sexos, enquanto para adultos a taxa é de 0,8%. A sua incidência é cíclica e depende da prevalência de cepas produtoras de toxinas e do estado imunológico da população, sendo maior em indivíduos de 5 a 15 anos, especialmente em escolares, mas não excepcional em outras idades. No ano de 2017, duas creches foram diagnosticas com escarlatina no município de Itirapina (São Paulo), casos pontuais de uma localidade, que servem como alerta às comunidades.

Conclusões/Considerações Finais

Contudo, se faz necessário o melhor monitoramento dos casos pontuais de escarlatina no Brasil, mantendo- os atualizados, pois o aumento de casos pode indicar o contágio advindo de outros países ou estados.

Referências

BARATA, Rita Barradas. Cem anos de endemias e epidemias. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 5, n. 2, p. 333-345, 2000 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232000000200008&lng=en&nrm=iso>. Access on 10 Mar. 2019.
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Palavras-chave

Escarlatina, epidemiologia, surto de escarlatina

Área

Tema livre

Autores

Rute Gabriele Fischoeder Ritzel, Tatiana Moraes Silva Heck, Brenda Katelyn Viegas Rosa, Fabiano Costa Oliveira, Rodrigo Staggemeier