Dados do Trabalho

Título

CITOTOXICIDADE DO EXTRATO HEXANICO DE VASSOBIA BREVIFLORA (SENDT.) HUNZ. (SOLANACEAE) FRENTE A LINHAGEM B16F10

Fundamentação/Introdução

A família Solanaceae reúne cerca de 150 gêneros e 3.000 espécies, considerada uma das maiores entre as angiospermas, com distribuição cosmopolita, na região neotropical (SOUZA; LORENZI, 2005). Para D’arcy (1991) são reconhecidos um número menor de gêneros e espécies, 96 e 2.300 respectivamente, apontando como maior centro dessa diversidade a América do Sul, com cerca de 50 gêneros endêmicos e 400 espécies, com grande distribuição geográfica. Uma espécie da família é a Vassobia breviflora, os primeiros relatos anatômicos do gênero Vassobia foram feitos por Solereder (1908), Desde essa época, a anatomia foliar da Vassobia breviflora foi descrita por Colares e colaboradores (1999), que distinguiram as espécies de nove outras espécies da Solanaceae, apresentando folhas hipostáticas com epiderme de cutícula lisa. Samadi e colaboradores (2010) estudaram a toxicidade da espécie vegetal citada acima com exemplares adquiridos na região da Argentina. Os mesmos verificaram o efeito do extrato vegetal em células tumorais de cabeça e pescoço, mostrando o seu potencial citotóxico, levando as mesmas a morte celular programada.

Objetivos

Avaliar o extrato hexânico de Vassobia breviflora em células de melanoma murinho

Delineamento e Métodos

A fração hexânica do extrato ficou sob agitação por 72h, posteriormente sendo evaporado o solvente e ressuspendido em água Milliq® autoclavada. O extrato filtrado foi utilizado para a realização do ensaio quantitativo (3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazoliumbromide) (MTT) frente a linhagem de melanoma murinho. As células foram incubadas na quantidade de 1x104 por poço junto dos tratamentos (0,3; 1; 3; 10; 15; 25 e 50 mg/mL) do referido extrato, por um período de incubação de 24 horas em estufa com 5% de CO2 a 37ºC. Após o ensaio de MTT, foi realizada a leitura no aparelho de ELISA, com comprimento de onda de 570nm.

Resultados

Todas as concentrações testadas demonstraram ter atividade citotóxica frente às células da linhagem B16F10. Resultado estatístico próximo ao controle de morte celular utilizando o peróxido de hidrogênio.

Conclusões/Considerações Finais

Conclui-se que o extrato hexânico apresenta um potencial efeito tóxico na célula tumoral utilizada no presente estudo. Dessa maneira testes complementares serão avaliados para se concluir o potencial citotóxico do presente extrato em linhagem de melanoma murinho