I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA MORTALIDADE EM CURTO PRAZO APOS O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM JOINVILLE - SC

Fundamentação/Introdução

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) divide-se em isquêmico (i) e hemorrágico (h). A mortalidade dentro de 30 dias é de 10%, atingindo 40% no primeiro ano pós-evento.

Objetivos

Avaliar a taxa de mortalidade em curto prazo após o Acidente Vascular Cerebral em jovens e adultos na cidade de Joinville, nos anos de 2013 a 2017.

Delineamento e Métodos

Para a execução deste trabalho foi realizado um estudo longitudinal retrospectivo a partir de dados secundários de uma coorte. Os critérios de inclusão na pesquisa foram ter entre 20 e 70 anos de ambos os sexos, ter sofrido no período de 2013-2017 um AVC a mais de 30 dias, com acompanhamento e cadastro no JOINVASC. Os critérios de exclusão foram a falta de preenchimento correto dos prontuários, residir fora do estado de Santa Catarina durante os 30 dias pós-AVC e já ter sofrido um AVC anterior.

Resultados

Das 1464 internações pesquisadas, 1315 foram por AVCi, com 97 óbitos, 149 por AVCh, com 39 óbitos. A maior parte das mortes por AVC ocorreram no período de 30 dias após o evento, sendo a maior taxa de mortalidade em 2014, com 5,2% de óbitos de AVCi, e 3,1% por AVCh. A taxa de mortalidade nos primeiros 30 dias foi de 6,4%, variando de ano-a-ano. Em relação à mortalidade a curto prazo, 2,9% ocorreram em 5 dias após o AVC, sem que houvesse significativa progressão de aumento (3,4%) até atingir o 30° dia. A pesquisa vai de encontro ao evidenciado por Nedeltchev (2010) apontando a principal causa de morte entre os períodos estudados como o AVCi, e o período de prevalência de óbitos dos pacientes como posterior a 30 dias, tendo em vista que até 10% morreram em período inferior.

Conclusões/Considerações Finais

Apesar de ser uma patologia comum e com grande impacto socioeconômico, a população e os profissionais de saúde tem dificuldade em reconhecer os sintomas ou a importância de tratar rapidamente quem possa estar sofrendo um AVC. Desta forma, o paciente nem sempre é direcionado a um serviço preparado para recebê-lo, além da necessidade de melhoria em muitos pontos na cadeia de atendimento, tanto nos setores públicos quanto nos privados. Logo, os resultados obtidos sugerem que os cuidados hospitalares aos pacientes com AVC estejam sendo ineficazes em reduzir a mortalidade.

Referências

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Linha do Cuidado em Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Rede de Urgências e Emergências. Brasília (DF): MS; 2012.37p.

CABRAL, N. L. LONGO, A. L. MORO, C. H. C. AMARAL, C. H. KISS, Haydee C. Epidemiologia dos Acidentes Cerebrovasculares em Joinville, Brasil. Neuropsiquiatria, 1997.

DIEGOLI, H. Fórum Regional do AVC. Joinville, 2017.

NAGEL, V. Fórum Regional do AVC. Joinville, 2017.

NEDELTCHEV, K. RENZ, N. KARAMESBEV, A. HAEFELI, T. BREKENFELD, N. M. REMONDA, L. SCHROTB, G. ARNOLD, M. MATTLE, H. P. Predictors of early mortality after acute ischaemic stroke. Swiss Medical Weekly, 2010.

Palavras-chave

30 dias; AVC; Hemorrágico; Isquêmico; Mortalidade.

Área

Tema livre

Autores

Juliana Jofre Vidal, Luís Eduardo Maestrelli Bizzo