I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

SIFILIS, A REEMERGENCIA DE UMA VELHA EPIDEMIA PERNAMBUCANA: PROMOÇAO E EDUCAÇAO EM SAUDE POR ESTUDANTES DA UFPE

Fundamentação/Introdução

Sífilis, infecção sexualmente transmissível, causada pelo Treponema pallidum, caracteriza-se por feridas indolores no pênis, ânus, vulva e/ou vagina, que regridem espontaneamente. O Brasil registrou aumento de 1000% nos casos de sífilis de 2000-2017, Pernambuco notificou 5000 casos em 2016 e no carnaval de 2018 a prevalência foi 10,6%.

Objetivos

Construir o conhecimento sobre sífilis com estudantes da UFPE e consolidar formação humanizada e diálogo com a sociedade de estudantes do Centro de Ciências da Saúde.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo transversal, envolvendo ensino, pesquisa e extensão, em ações em educação em saúde com base na Teoria da Aprendizagem Significativa, onde os universitários, de diferentes centros da UFPE, atuaram como sujeitos reflexivos e ativos na construção do conhecimento sobre a sífilis e seu agente etiológico. Realizamos 14 encontros, duração de três horas cada. Os agentes na construção do conhecimento foram estudantes do Centro de Ciências da Saúde da UFPE, treinados em ligas de estudo. Montamos stands com painéis, cartazes e folders sobre sífilis.

Resultados

Durante as ações alcançamos 2.518 estudantes, de 84 cursos de graduação e pós-graduação. Nosso público foi formado por jovens, ~20±4.3 anos de idade, onde 90% declararam conhecer sífilis, descrevem o sexo como via de infecção e preservativo como proteção, ~70% dizem conhecer sífilis como infecção viral, 40% acreditam não ter cura e perto da totalidade não conhecem o cenário epidemiológico da sífilis e seus sintomas. O diálogo foi consolidado, dúvidas foram esclarecidas e juntos construímos discussões sobre importância da sífilis. Distribuímos ~5.000 folders sobre sífilis, 12.000 folhetos sobre HIV/AIDS, hepatites virais e da importância e uso correto dos preservativos. Distribuímos ~15.000 preservativos penianos, 2.000 vaginais e 20.000 sachês de gel lubrificante. O sucesso das ações deve-se a participação de 26 extensionistas de diferentes cursos da área de saúde, que mostraram segurança, desenvoltura e embasamento pedagógico e científico na construção de discussões, alcançando formação acadêmica-profissional humanizada.

Conclusões/Considerações Finais

Acreditamos que ações de educação em saúde para a promoção da educação e saúde sexual são estratégias importantes para a construção do conhecimento e prevenção da sífilis, importância e uso correto do preservativo e empoderamento da saúde sexual de forma individual e coletiva.

Referências

Palavras-chave

Educação em Saúde; Estudantes da UFPE; Sífilis.

Área

Tema livre

Autores

Lucas Matheus Nascimento Silva, Larissa Silva de Macêdo, Tiago Henrique dos Santos Souza, Wilza Wanessa Melo França, João Victor Ritinto da Rocha, Mônica Camelo Pessoa de Azevedo Albuquerque, André de Lima Aires