I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO DOS NIVEIS DE GLICEMIA EM INDIVIDUOS ATENDIDOS NO LABORATORIO ESCOLA DA UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA – RIO GRANDE DO SUL.

Fundamentação/Introdução

A Diabetes Mellitus (DM) é caracterizada por hiperglicemia crônica. Existem duas formas principais de DM, a do tipo 1, que resulta em deficiência de insulina causada por destruição autoimune das ilhotas de células β pancreáticas, e a do tipo 2, que ocorre devido à resistência à insulina, e geralmente tem como causa o estilo de vida, principalmente pelo sedentarismo, tabagismo e o consumo de álcool. Segundo dados mundiais a DM tipo 2 é mais frequente entre homens, porém dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) em 2017, mostrando que 9,9% das mulheres brasileiras tem DM tipo 2, enquanto a taxa nos homens é de 7,8%.

Objetivos

Avaliar e comparar as taxas de glicemia de pacientes atendidos na Estratégia da Saúde da Família – Jardim Primavera na cidade de Cruz Alta – RS

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, no qual foram coletados os dados referentes a idade, sexo, gestação e glicemia em jejum dos prontuários dos pacientes atendidos no laboratório escola de Universidade de Cruz Alta no ano de 2017, os quais são usuários do Sistema Único de Saúde de Cruz Alta. A coleta de dados ocorreu entre os meses de agosto e outubro de 2018

Resultados

Obteve-se 634 prontuários, destes 171 eram homens e 463 mulheres, sendo que 76 eram gestantes e 387 eram não-gestantes. Dos prontuários analisados, 47 (27,4%) homens e 65 (16,8%) mulheres apresentaram hiperglicemia, sugerindo a presença de DM, não demonstrando diferença significativa (p >0,05, Teste Exato de Fischer). Ainda, das mulheres, 65 (16,8%) não-gestantes e apenas 1 (1,3%) mulher gestante apresentaram hiperglicemia. No entanto, houve diferença significativa entre a média de idade do grupo de gestantes e não-gestantes (51 versus 22 com desvio padrão ± 20,50).

Conclusões/Considerações Finais

Neste estudo não demonstramos diferenças na prevalência de alterações de glicemia entre homens e mulheres, os quais apresentaram média de idade similar. No entanto, quando comparamos gestantes e não gestantes, houve maior prevalência de hiperglicemia nas mulheres não-gestantes, o que pode ser relacionado principalmente pela diferença de idade entre os grupos estudados.

Referências

Palavras-chave

Diabete mellitus; hiperglicemia; saúde pública;

Área

Tema livre

Instituições

Universidade de Cruz Alta - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Bruna Rabaioli de Oliveira, Karolaine Pereira Funck, Amanda Magnanti, Angélica Santos Machado, Nicolas Ritterbusch