I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

SINTESE DE GLUTATIONA.FE3O4 E EFEITO TOXICO EM CELULAS VERO APOS 24 DE EXPOSIÇAO

Fundamentação/Introdução

A glutationa está envolvida direta e indiretamente em diversos mecanismos, como a síntese de proteínas e do DNA, atividade enzimática e auxilia no metabolismo pela conjugação a compostos, como fármacos. Há, também, produção de metabólicos, como prostaglandinas e a proteção celular contra espécies reativas de oxigênio e radicais livres. As nanopartículas (NPs) magnéticas surgem como uma possibilidade para servirem como vetores que direcionam a entrega de fármacos em locais específicos através da aplicação de um campo magnético. Diferente de NPs convencionais, não são rapidamente endocitadas por macrófagos e células dendríticas e levadas a órgãos do sistema mononuclear fagocitário, como baço e fígado em razão de serem guiadas ou mantidas em um local pela ação de um campo magnético.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi sintetizar e investigar a toxicidade da Glutationa magnética (Glu.Fe3O4) em células de rim de macaco verde (linhagem VERO) após 24 horas de exposição, por meio do ensaio (3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide) (MTT).

Delineamento e Métodos

Trabalho experimental quantitativo. A Glu.Fe3O4 foi obtida a partir de 500 mL de água ultrapura (Milli-Q®) previamente deoxigenada, 0,1 g de óxido de grafeno (GO), cloreto de ferro II (FeCl2) anidro em pH 9. A mistura foi submetida a irradiação ultrassônica (Elma) a 150W por 120 minutos. Após a solução foi vertida para um béquer e, com o auxílio de um imã, o sólido de cor preta foi lavado consecutivamente com água, metanol e acetona, sem perdas. As células foram incubadas na quantidade de 1x103 por poço junto dos tratamentos (1, 3, 10, 30, 100 e 300 µg/mL) com o referido composto, por 24 horas em estufa com 5% de CO2 a 37ºC. Foi realizada a leitura no aparelho de ELISA com comprimento de onda de 570nm. A estatística foi feita pela análise de variância (ANOVA) de uma via, seguido do teste post hoc de Dunnett.

Resultados

Nas concentrações de 3, 10 e 30, a viabilidade celular não demonstrou diferença quando comparada ao controle negativo. No entanto, nas maiores concentrações utilizadas, de 100 e 300 houve uma redução (foi significativa comparada aos controles).

Conclusões/Considerações Finais

Embora os resultados apresentados pela análise de MTT sejam satisfatórios como um primeiro teste de segurança, outros ensaios se fazem necessários para assegurar a atividade biológica do composto in vitro.

Referências

ARRUEBO, M. et al. Magnetic nanoparticles for drug Ddelivery. Nanotoday, v. 2, n. 3, p. 22–32, 2007.
MEISTER, A.; ANDERSON, M. E. Peripheral nerve tumours in own material. Ann. Rev. Biochem., v. 52, n. 4, p. 711–760, 1983.

Palavras-chave

Citotoxicidade; MTT; nanopartículas.

Área

Tema livre

Autores

Carolina Bordin Davidson, Altevir Rossato Viana, Luciana Maria Fontanari Krause, Sergio Roberto Mortari, Cristiano Rodrigo Bohn Rhoden