I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERSPECTIVAS SOBRE A FAGOTERAPIA

Fundamentação/Introdução

As bactérias tem sido um problema alarmante na saúde mundial. Por sua capacidade de gerar resistência aos medicamentos antimicrobianos estima-se que em 2050 haverá 10 milhões de mortes anuais causadas por esses patógenos. Uma ferramenta para o controle destas pode ser os bacteriófagos, que foram descritos primeiramente em 1915 por Frederick Twort. Em 1917 Felix d´Herelle nomeou estes vírus frente a sua capacidade de infectar e lisar bactérias, chamando-as de bacteriófagos. Conhecidos também por fagos, estes têm sido estudados como importantes aliados no controle de bactérias, uma vez que os fagos líticos são capazes de infectá-las e usá-las para gerar mais partículas virais, matando a célula hospedeira no final da replicação.

Objetivos

Este trabalho teve por finalidade a realização de uma revisão bibliográfica sobre o uso de bacteriófagos e suas perspectivas.

Delineamento e Métodos

Foram realizadas buscas em bases de dados como Pubmed, Scielo e Google Acadêmico, através das palavras-chave “bacteriófagos” e “fagos”.

Resultados

Uma característica importante dos fagos é a especificidade em relação às bactérias que infecta. Assim, os bacteriófagos podem ser usados para destruir apenas as bactérias de interesse (patogênicas), sem interferir na microbiota de humanos ou animais. Estudos mostraram que a fagoterapia foi eficaz no controle de Escherichia coli hemorrágica (O157:H7), assim como no controle de Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecium resistente à vancomicina, entre outros patógenos. O uso dos fagos já foi reconhecido pelo Food and Drug Administration para o controle de bactérias em alimentos visando o aumento de vida de prateleira. Alguns coquetéis à base de fagos estão comercialmente disponíveis nos Estados Unidos como ferramenta no controle da proliferação de bactérias em produtos alimentícios.

Conclusões/Considerações Finais

Os fagos são conhecidos há várias décadas, mas com a eminente pandemia de bactérias multiresistentes os mesmos passaram a ser vistos como aliados contra esses microrganismos. O desenvolvimento da resistência bacteriana se dá de diversas formas, mas principalmente pelo uso irracional de antimicrobianos. Assim, as características dos fagos líticos os tornam atrativos no que tange o desenvolvimento de terapêuticas alternativas.

Referências

SCIELO. Phage-therapy, an alternative to control bacterial infections. perspectives in colombia. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0122-74832015000100004&lang=pt>. Acesso em: 05 fev. 2019.
SCIEO. Fagoterapia frente a infecciones por staphylococcus aureus meticilino resistente en ratones. Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/rpmesp/2014.v31n1/69-77/es>. Acesso em: 22 jan. 2019.
PUBMED. Fluoromycobacteriophages for drug susceptibility testing (dst) of mycobacteria.. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30570720>. Acesso em: 22 jan. 2019.
PUBMED. The challenge of controlling foodborne diseases: bacteriophages as a new biotechnological tool. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26928505>. Acesso em: 22 jan. 2019.
PUBMED. The challenge of controlling foodborne diseases: bacteriophages as a new biotechnological tool. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26928505>. Acesso em: 22 jan. 2019.

Palavras-chave

Fagoterapia, bacteriófagos

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Feevale - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ANA PAULA ANA PAULA PUSTAY, Fabiana Hack, Andressa Bernardi, Gabriela Schiling Alves, Simone Ulrich Picoli