Dados do Trabalho
Título
VITAMINA D E ESCLEROSE MULTIPLA: EXISTE RELAÇAO? UMA BREVE REVISAO
Fundamentação/Introdução
A carência de vitamina D está presente em diferentes populações e tem despertado interesse, visto que a mesma está relacionada à diferentes condições e patologias. A esclerose múltipla (EM), por sua vez, é uma doença crônica, autoimune, na qual evidencia-se um processo inflamatório ao decorrer da progressão da doença. Nesse contexto, observa-se que a relação da vitamina D e a esclerose múltipla vem sendo enfoque de diversos estudos, sendo que muitos autores buscam averiguar os efeitos da vitamina D sobre a doença, inclusive, procurando verificar a relação causa e efeito entre esse hormônio e a EM.
Objetivos
Verificar a relação entre a vitamina D e a esclerose múltipla, buscando descrever as ações da vitamina D sobre essa doença.
Delineamento e Métodos
O presente estudo é apresentado como uma revisão de literatura. Para realização da mesma buscou-se pelos termos “vitamina D”, “esclerose múltipla” e “marcadores inflamatórios” em português e “vitamin D”, “multiple esclerosis” e “inflammatory markers” em inglês. A busca ocorreu nas bases de dados “LILACS”, “Scielo” e “Pubmed”, sendo que foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 (dez) anos.
Resultados
Foram identificados um total de 05 estudos, sendo que pela análise de título 03 foram eliminados, isso, por não apresentarem, ao menos dois, dos termos estabelecidos para construção da presente revisão. Em seguida, foi realizada uma análise dos resumos dos estudos até agora selecionadas, e após a mesma, permaneceram os 02 estudos. Todos os artigos analisados evidenciaram uma relação entre a vitamina D e a esclerose múltipla, sendo que tal relação foi expressa pela demonstração dos efeitos da vitamina D sobre diversas células e marcadores inflamatórios, como o exemplo da relação da vitamina D com os linfócitos T, reduzindo as manifestações autoimunes e aumentando os agentes imunoregulatórios. Elucidou-se ainda a ação da vitamina D na diminuição dos níveis de algumas interleucinas e citocinas pró-inflamatórios. Nesse contexto, reconhecendo haver manifestações inflamatórios na esclerose múltipla, a ação da vitamina D sobre o processo de inflamação propõe uma correlação da mesma com a EM.
Conclusões/Considerações Finais
Nesse contexto, sugere-se que exista uma relação entre a vitamina D e a esclerose múltipla, contudo, se reconhece ser necessário a realização de mais estudos, os quais possam elucidar de maneira mais clara os efeitos da vitamina D sobre a esclerose múltipla.
Referências
ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. 2019. Disponível em:
GANESH, Aravind et al. The case for vitamin D supplementation in multiple sclerosis. Multiple Sclerosis and Related Disorders, [s. l.], v. 2, n. 4, p. 281–306, 2013.
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LICHTENSTEIN, Arnaldo et al. Vitamina D: ações extraósseas e uso racional. Revista da Associacao Medica Brasileira, [s. l.], v. 59, n. 5, p. 495–506, 2013.
TAVAKOL, Shima; SHAKIBAPOUR, Sahar; BIDGOLI, Sepideh Arbabi. The level of testosterone, Vitamin D, and irregular menstruation more important than omega-3 in non-symptomatic women will define the fate of multiple scleroses in future. Molecular Neurobiology, [s. l.], v. 55, n. 1, p. 462–469, 2018.
Palavras-chave
Vitamina D; Esclerose Múlitpla; Marcadores inflamatórios.
Área
Tema livre
Instituições
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Júlia Duarte Ramos, Mauricio Bassuino