I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

INDICE DE LESOES INTRA-EPITELIAIS EM AMOSTRAS CERVICO-VAGINAIS DE MULHERES ATENDIDAS NA REDE PRIVADA DO MUNICIPIO DE CARAZINHO-RS

Fundamentação/Introdução

A realização periódica do exame citopatológico do colo do útero (CP) é a principal estratégia de rastreamento do câncer do colo do útero e suas lesões precursoras, por sua sensibilidade e especificidade aceitáveis, baixo custo, segurança na realização e boa aceitação pelas mulheres.

Objetivos

Este estudo teve como objetivo verificar a incidência de casos positivos através da análise de laudos citopatológicos realizados no ano de 2018.

Delineamento e Métodos

Realizou-se um estudo quantitativo retrospectivo através da análise do banco de dados de 5.796 laudos cérvico-vaginais de mulheres atendidas no laboratório privado, Laboratório de Citopatologia Petry&Wohlmeister, no município de Carazinho-RS, no ano de 2018.

Resultados

De todos os laudos analisados, 5549 laudos foram considerados dentro dos limites de normalidade (DLN) ou negativas para lesão intra-epitelial escamosa ou malignidade (NILM). As outras 247 demostraram resultados positivos para atipias ou lesões intraepiteliais (4,26 %), sendo essas, utilizadas para o presente estudo. As 247 amostras foram consideradas por grau de lesão em: Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)- 110 casos (44,53%), Lesão intra-epitelial de baixo grau (LSIL)- 122 casos (49,39%), Células escamosas atípicas de significado indeterminado não podendo excluir lesão intra-epitelial de alto grau (ASC-H)- 9 casos (3,64%) e lesão intra-epitelial de alto grau (HSIL)- 6 casos (2,4 %). Ocorreu uma maior prevalência de lesões, ASC-US e LSIL, em mulheres na faixa etária entre 21 a 35 anos. Dados analisados no SISCOLO, de amostras do ano de 2014, também apresentaram prevalência de ASC-US e LSIL, na mesma faixa etária deste estudo, podendo ser consideradas idades de risco para essas lesões.

Conclusões/Considerações Finais

Verificou-se assim, uma baixa frequência de lesões (4,26%) dentre os 5796 laudos analisados. Sendo que o diagnóstico mais frequente foi LSIL (44,39%) das amostras positivas e o diagnóstico menos frequente foi de HSIL (2,4%). O Ministério de Saúde preconiza que mulheres entre 25 e 64 anos realizem o exame citopatológico a cada três anos após dois exames anuais negativos, ou seja, sem lesão precursora ou câncer propriamente dito. A baixa frequência de lesões pode ser explicada por se tratar de um serviço privado, no qual a maioria das mulheres realizam regularmente o exame citopatológico do colo útero, possibilitando o diagnóstico precoce bem como um tratamento menos agressivo das alterações encontradas.

Referências

Palavras-chave

Citopatologia. Câncer de colo de útero. Exame Papanicolau.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Agatha Amaral Rocha, Denise Wohlmeister, Aline Wagner, César Gilmar Trojahn Filho