I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERFUSAO NA CIRURGIA DE TROCA VALVAR AORTICA E MITRAL

Fundamentação/Introdução

Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a troca valvar corresponde a 17,4% das cirurgias cardiovasculares de alta complexidade realizadas no Brasil, sendo a segunda mais frequente. A estenose valvar é uma doença progressiva caracterizada pela obstrução da passagem de fluxo sanguíneo e suas causas geralmente estão associadas com a idade avançada do paciente, presença de calcificações, placas de ateroma entre outras. Essa patologia é considerada como uma cardiopatia adquirida, mas não se pode descartar uma cardiopatia congênita, presente no nascimento. Os pacientes podem ser assintomáticos, mas caso apresentem sintomas comumente são: dispneia, tontura, cansaço, angina, fadiga e até desmaio. Não há como minimizar os efeitos da estenose valvar sem intervenção cirúrgica, e também não é possível realizá-la sem a Circulação Extracorpórea (CEC). As trocas e correções das válvulas somente são possíveis se o coração e pulmão estiverem imóveis, por isso é necessária a perfusão extracorpórea, conhecida como máquina coração-pulmão, a qual substitui temporariamente as funções dos órgãos vitais. O perfusionista controla a oxigenação e sistema ácido-base através da gasometria arterial, monitoriza as pressões arteriais e venosas, diurese, hematócrito e a temperatura, induzindo o grau de hipotermia sistêmica, protegendo o metabolismo do Sistema Nervoso Central (SNC) e demais sistemas. A válvula estenosada pode ser substituída por uma prótese biológica (porcina ou bovina), ou por uma prótese mecânica. Estes diferem na durabilidade e na necessidade de utilização de medicamentos após a cirurgia. Para a escolha da prótese mais adequada, os cirurgiões cardiologistas usam critérios específicos para cada paciente, sendo que o sexo e a idade são fatores que influenciam nesta escolha.

Objetivos

Este estudo teve como objetivo acompanhar a cirurgia de troca valvar e plastia, concomitante à circulação extracorpórea e analisar sua realização.

Delineamento e Métodos

Para a perfusão, o material foi escolhido com antecedência, mediante a análise e cálculos.

Resultados

Cada organismo responde diferente durante a cirurgia e a CEC. Portanto, são utilizados cálculos específicos que determinam a quantidade de fluxo e medicações para o paciente em questão.

Conclusões/Considerações Finais

Durante a CEC houve uma acidose metabólica, sendo que a causa deve ser explorada pelo perfusionista e anestesista. Porém, este evento não causa complicações graves no pós-operatório. A cirurgia foi realizada com sucesso.

Referências

ALMEIDA, Adriana S.; PICON, Paulo D.; WENDER, Orlando C. B. Resultados de pacientes submetidos à cirurgia de substituição valvar aórtica usando próteses mecânicas ou biológicas. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Porto Alegre, v. 26, n. 3, p. 326-337, 2011.

DATASUS – Departamento de Informática do SUS. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS>. Acesso em: jun. 2018

Palavras-chave

Circulação Extracorpórea. Perfusão. Estenose valvar. Troca Valvar Aórtica e Mitral.

Área

Tema livre

Autores

Gabriela Nicolai, Georgia Muccillo Dexheimer