Dados do Trabalho
Título
DROSOPHILA MELANOGASTER COMO MODELO DE ESTUDO DE GENOTOXICIDADE
Fundamentação/Introdução
As reações genotóxicas são ocasionadas por agentes que causam uma modificação na sequência de DNA de um organismo. Estas mutações podem ser pontuais ou cromossômicas, que acometem grandes segmentos do DNA.
Avaliar o potencial genotóxico de uma substância é um passo importante para verificar a segurança de sua administração. A genotoxicidade pode ser testada em culturas de células (in vitro) e em animais de laboratório. A utilização da mosca D. melanogaster é facilitada por diversas razões: possuem baixo custo de manutenção, grande prole e um ciclo de vida rápido.
A genotoxicidade de substâncias sobre o organismo pode ser quantificada por diversos ensaios. Alguns desses testes observam a ocorrência de quebras no DNA, como o teste cometa e o Somatic Mutation and Recombination Test (SMART) (GUZMÁNRICÓN; GRAF, 1995). Este último permite a identificação das alterações genéticas por comparação da recombinação somática ocorrida nas moscas. As quebras cromossômicas são identificadas pela presença de tipos diferentes de manchas nas asas (ANDRADE; LEHMANN, 2003).
Objetivos
Analisar a efetividade do teste SMART em D. melanogaster nos estudos de genotoxicidade.
Delineamento e Métodos
O trabalho é uma revisão sistemática de literatura. Foram analisados artigos encontrados na base de dados Pubmed, obtidos por buscas com as palavras-chave: genotoxicity, Drosophila, SMART test, publicados nos últimos 10 anos.
Resultados
Foram encontrados 139 trabalhos que utilizaram D. melanogaster para avaliação de genotoxicidade. Destes, 6 eram revisões sobre o tema, e 56 utilizaram o teste SMART.
Os trabalhos testaram a genotoxicidade de partículas como dióxido de titânio, nanopartículas de prata e ouro, medicações e toxinas. Cinco estudos reconheceram uma eficácia maior do SMART quando comparado ao teste cometa, porém um apresentou resultado contrário.
Conclusões/Considerações Finais
A D. melanogaster tem ganhado espaço em outras áreas do conhecimento além da genética, entre elas a toxicidade. Entre os diversos ensaios em que estas moscas podem ser utilizadas, destaca-se o SMART, que tem sido usado com sucesso para estudos sobre genotoxicidade, em especial de nanopartículas. Mesmo assim, é importante que sejam realizados outros ensaios neste e em outros organismos.
Referências
ANDRADE, H. H. R.; LEHMANN, M. Teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster. In RIBEIRO, L. R., SALVADORI, D. M. F., MARQUES, E. K., Mutagênese ambiental, Canoas: Editora ULBRA, Edição Única, p.281-307, 2003.
Palavras-chave
drosophila, genotoxicidade
Área
Tema livre
Instituições
Centro Universitário - Católica de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil
Autores
Mateus Schumacher, Ana Flávia de Oliveira, Luis Bizzo