Dados do Trabalho

Título

INFECÇAO POR SCEDOSPORIUM SPP.: UM PATOGENO EMERGENTE E MULTIRESISTENTE

Fundamentação/Introdução

Nesse contexto, espécies pertencentes ao gênero Scedosporium spp. estão despertando a atenção mundial devido à sua
distribuição onipresente em ambientes impactados por seres humanos, perfil de multiresistênciae capacidade de causar doenças graves e debilitantes, que culminam em cuidados médicos laboriosos e meticulosos, custos substanciais de tratamento e altas taxas de
morbidade e mortalidade.

Objetivos

Realizar uma revisão bibliográfica sobre o gênero fúngico Scedosporium spp, suas manifestações clínicas e diagnósticas, assim como avaliar sua suscetibilidade frente aos antifúngicos.

Delineamento e Métodos

Revisão bibliográfica realizada com base na literatura nacional e internacional sem limitação de idioma, em artigos científicos e livros. Sobre infecção por Scedosporium spp. e sua respectiva resistência.

Resultados

A ecologia de Scedosporium spp. tem sido amplamente estudado e diferentes autores sugeriram que essas espécies preferem ambientes impactados por solos agrícolas, ajardinados e urbanos, campos de jogos, esgotos, lagoas poluídas e sedimentos. (HOOG, 1994; CORTEZ, 2008; KALTSEIS, 2009; ROUGERON, 2015,
2018) Diante deste cenário alarmante, é urgente o desenvolvimento de novas estratégias para combater as infecções, novos alvos na célula fúngica necessitam ser descobertos, assim como novos compostos bioativos devem ser sintetizados e/ou encontrados a partir de fontes naturais e agir através de novos mecanismos. Nesse contexto, Lu et al. (2017) propuseram uma terapia fotodinâmica para controle de Scedosporium spp. Nesse estudo, o azul de metileno foi utilizado como agente fotossensibilizador contra S. boydii, S. aurantiacum, S. dehoogii, S. apiospermum e S. minutisporum. Após a irradiação dos conídios por 2 min com um diodo emissor de luz (LED; 635 10 nm, 12 J / cm2), foi observado um declínio considerável no crescimento (até 5,2 log10) em relação ao número total de unidades formadoras de colônias. Além disso, os valores mínimos da concentração inibitória (MIC) contra o itraconazol, vorico- nazol, posaconazol e anfotericina B foram consideravelmente reduzidos, cerca de quatro vezes, após o processo de fotoinativação. (LU, 2017)

Conclusões/Considerações Finais

As investigações para encontrar novas terapias potenciais e ativas contra a scedosporiose são urgentemente necessárias. Portanto, pesquisas futuras devem ter como objetivo traduzir esses achados para o planejamento racional de novas estratégias imunoterapêuticas a serem utilizadas isoladamente ou em combinação.

Palavras-chave

Scedosporium. Sucsetibilidade. Diagnóstico. Resistência