Dados do Trabalho

Título

MICROVESICULAS CARREADORAS PRODUZIDAS POR TRYPANOSSOMA CRUZI ATUAM INDUZINDO A INFECÇAO NA DOENÇA DE CHAGAS

Fundamentação/Introdução

O Trypanossoma cruzi, agente etiológico da doença de chagas, possui a capacidade infectar vários tipos de células, para que a infecção possa se estabelecer, são necessárias uma série de interações moleculares entre a célula hospedeira e o T. cruzi, nesse contexto, tem sido demonstrado que a produção de microvesículas pelo parasito é crucial para sua infectividade.

Objetivos

Esse estudo tem como objetivo apresentar os recentes avanços no que diz respeito à interação entre o T. cruzi e a célula hospedeira, destacando um dos mais recentes mecanismos de infectividade descobertos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma revisão de literatura, feita nas bases de dados Pub Med, Science direct e Scielo, utilizando artigos publicados a respeito da temática abordada.

Resultados

Os exossomas são pequenas vesículas compostas por proteínas e moléculas específicas, que são secretadas para o meio extracelular por algumas células eucarióticas, estudos mostram que essas vesículas quando secretadas por patógenos extracelulares ou induzidas em células hospedeiras, pode mediar à interação patógeno-patógeno e/ou patógeno-célula. Uma série de proteínas presentes nas vesículas exossomais (EV), produzidas pelo T. cruzi são importantes na adesão e invasão celular do parasito, essas vesículas e seu conteúdo proteico podem interagir com o folheto interno da célula, esse contato faz com que enzimas, como a fosfatase ácida e a GP85/trans-sialidase, que desempenham papel importante na entrada dos parasitos para o espaço intracelular e que também estão presentes nas EVs atuem.
Testes utilizando camundongos tratados com EVs e infectados com as formas tripomastigota do T. cruzi, mostraram aumento da parasitemia, cardiopatia grave e inflamação, quando comparado ao grupo não tratado, indicando a relevância dessas estruturas no processo infeccioso.

Conclusões/Considerações Finais

Os dados sugerem que a secreção de vesículas extracelular pelo T. cruzi modula a virulência e favorece sua perpetuação no hospedeiro, e que a compreensão da biologia celular do parasito é crucial para entender sua interação com a célula hospedeira, fatores críticos do desenvolvimento da infecção e implementar novas intervenções terapêuticas.

Palavras-chave

Exossomos; microvesículas; Trypanossoma cruzi.