I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM JOINVILLE/SC

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: No Brasil a taxa de incidência do acidente vascular cerebral (AVC) é de 137-168 por 100.000 habitantes, em 2005 foi o responsável por 10% das mortes e 10% das internações hospitalares (IBGE 2014), sendo que os idosos apresentam mais complicações por apresentarem AVC mais grave e por serem mais susceptíveis a infecções (Paulo, et al. 2009).

Objetivos

Objetivos: identificar a incidência de mortes por acidente vascular cerebral em Joinville/SC, nos anos de 2010 a 2016.

Delineamento e Métodos

Métodos: por meio de um estudo de coorte retrospectiva os dados obtidos de um banco de dados de Joinville/SC, foram incluídos pela aplicação de critérios de inclusão e exclusão, o que resultou na analise de 4712 pacientes, por meio dos testes estatísticos de qui-quadrado, test t e teste de Mann-Whitney para comparação entre as variáveis estudadas.

Resultados

Resultados: A analise de dados apresentou diferença significativa com relação à mortalidade relacionada a: faixa etária de 60-69 e 70 a 79 anos, ao acidente vscular cerebral isquêmico (AVCI) e o acidente isquêmico transitório, ao AVCi cardioembólico e AVCi aterotrombótico e a idade de ocorrência e mortalidade dos AVCi e acidente isquêmico hemorrágico (AVCh). Os testes realizados para comparações entre sexo e mortalidade e entre a mortalidade dos subtipos de AVCh não apresentaram diferença significativa. A incidência média de 12,4 casos a cada 10.000 habitantes, com as mulheres predominando em números de casos. A faixa etária de 70-79 anos é a mais atingida tanto em incidência quanto em mortalidade. Com uma taxa de mortalidade média de 3,3 óbitos a cada 10.000 habitantes, a partir de 2013 se observa um declínio nesta taxa, chegando a 54% menos óbitos se comparados os anos de 2012 a 2016.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: A queda observada na mortalidade pode ser devido à melhora no atendimento ao AVC agudo, com a utilização de novas técnicas, como a trombectomia mecânica, e pelo engajamento multidisciplinar de profissionais na identificação e tratamento da patologia. Profissionais de saúde e a população em geral devem conseguir identificar e encaminhar corretamente o paciente, isso é de extrema importância para que esta pessoa possa ser tratada adequadamente e assim desenvolva o mínimo possível de sequelas, o que auxilia na qualidade de vida não só do paciente como também de toda a sua família, desafoga por sua vez a saúde pública de alta complexidade, que onera os custos do governo.

Referências

IBGE. Pesquisa nacional de Saúde 2013: percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Rio de Janeiro, 2014.
Paulo, Rodrigo Bomeny de, et al. “Acidente vascular encefálico isquêmico em uma enfermaria de neurologia: complicações e tempo de internação.” Rev. Assoc Med. Bras 55, n. 33 (2009): 313-316.

Palavras-chave

Acidente vascular cerebral. Mortalidade. Hemorrágico. Isquêmico. Transitório.

Área

Tema livre

Autores

Gabriela Machado Guther, Luis Eduardo Maestrelli Bizzo, Pedro Silva Correia de Magalhaes