Dados do Trabalho
Título
EFEITO DA MEMANTINA E/OU FLUOXETINA EM ALTERAÇOES COMPORTAMENTAIS E NIVEIS DE BDNF EM RATOS SUBMETIDOS AO MODELO CRONICO DE ESTRESSE MODERADO E A NEUROTOXICIDADE INDUZIDA PELO PEPTIDEO BETA-AMILOIDE (1-42)
Fundamentação/Introdução
A Doença de Alzheimer (DA) é a maior causa de demência em idosos e pode estar associada a comorbidades como a depressão.
Objetivos
Este estudo experimental quantitativo visa avaliar o efeito da memantina e/ou fluoxetina em alterações comportamentais e níveis de BDNF de ratos submetidos ao modelo crônico de estresse moderado e a neurotoxicidade induzida pelo peptídeo beta-amilóide (1-42), um modelo animal de depressão e demência.
Delineamento e Métodos
Ratos Wistar machos foram submetidos a um modelo de estresse crônico moderado por 40 dias. Posteriormente, os animais foram submetidos ao modelo animal de demência induzido pelo peptídeo β-Amilóide (1-42) seguido pela administração de Memantina e/ou Fluoxetina durante 17 dias via oral. A partir do décimo dia de tratamento, os animais foram sujeitos ao splash test, nado forçado, Y-maze, labirinto octogonal ou memória de habituação em campo aberto até o 18° dia. Após o último teste comportamental, foi feita a eutanásia dos animais para que fosse feita a dissecação do córtex frontal e hipocampo para análise dos níveis de BDNF.
Resultados
O grupo que recebeu apenas fluoxetina ou a combinação de fluoxetina e memantina teve o efeito do estresse e demência revertido no splash test. No teste de nado forçado, a fluoxetina e/ou memantina reduziram o tempo de imobilidade do animal, enquanto a fluoxetina e a associação dos fármacos aumentou o tempo de nado. Na memória de habituação em campo aberto a fluoxetina e/ou memantina reverteram o dano a memória de habituação causado pelo estresse e demência. Na memória espacial de curto prazo no Y-maze, apenas a fluoxetina foi capaz de reverter o dano causado pelo estresse e pelo peptídeo. No labirinto octogonal, os animais tratados com memantina obtiveram a melhor performance de memória espacial, seguidos pela associação e então pela fluoxetina. A atividade locomotora não foi alterada em nenhum grupo experimental. Os níveis de BDNF não foram alterados no hipocampo, contudo no córtex frontal a fluoxetina e/ou memantina induziram o aumento dos níveis de BDNF.
Conclusões/Considerações Finais
É possível observar que a depressão e a demência têm interações fisiopatológicas, posto que os fármacos, fluoxetina e memantina, quando associados aumentaram significativamente a cognição e o comportamento de tipo depressivo quando comparados aos grupos que receberam apenas memantina ou fluoxetina. Estes efeitos protetores podem estar relacionados ao aumento dos níveis de BDNF no córtex frontal
Palavras-chave
Amilóide, comportamento animal, Depressão.
Área
Tema livre
Autores
Débora Borges Tomaz