I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PAPEL DA COFILINA-1 OXIDADA NO MECANISMO FISIOPATOLOGICO DA DOENÇA DE PARKINSON

Fundamentação/Introdução

Introdução: A doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa, crônica e progressiva, caracterizada pela morte de neurônios dopaminérgicos na via nigroestriatal e pela presença de Corpos de Lewy, tendo como seu principal conteúdo a alfa-sinucleína (α-SIN). A morte dos neurônios dopaminérgicos tem sido relacionada com a disfunção mitocondrial e com o estresse oxidativo. Estudos anteriores do nosso grupo mostraram que, em câncer de pulmão, a disfunção mitocondrial é mediada pelo ganho de função tóxica da cofilina-1 quando oxidada.

Objetivos

Objetivo: Portanto nosso objetivo foi investigar se a cofilina-1 quando oxidada contribui para a morte celular na DP.

Delineamento e Métodos

Métodos: Realizamos um estudo experimental e quantitativo utilizando a linhagem celular de neuroblastoma humano SH-SY5Y diferenciadas com ácido retinóico em células tipo-neuronios catecolaminérgicas, as quais foram tratadas com 6 hidroxidopamina (6-OHDA), uma toxina amplamente utilizada para causar morte de neurônios dopaminérgicos. Além disso avaliamos, em um sistema livre de células, se o perfil de agregação da α-SIN é alterado na presença da cofilina-1 (nativa e oxidada).

Resultados

Resultados: Inicialmente demonstramos por imunoblot e por análises densitométricas que a cofilina-1 endógena transloca para a mitocôndria das células SH-SY5Y antes de ocorrer o potencial de membrana mitocondrial causado pela 6-OHDA (n=3, por análise). Posteriormente, através de superexpressão transiente de cofilina-1 não oxidável (CFL1-NOX), verificamos a diminuição da citotoxicidade da 6-OHDA nas células SH-SY5Y, demonstrando que a oxidação da cofilina-1 é necessária para o processo de morte celular (n=3, por análise). No sistema livre de células, após incubarmos o monômero de α-SIN na presença de cofilina-1 nativa e oxidada (n=4, por análise), observamos que a fibrilação da α-SIN é acelerada quando a cofilina-1 (oxidada ou não) está presente.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusão: Nossos resultados sugerem que a cofilina-1 em uma etapa inicial da DP pode ter um papel neuroprotetor, uma vez que acelera a fibrilação da α-SIN em um produto menos toxico, enquanto que em estagios mais avançados a oxidação da cofilina-1 causa dano mitocondrial e leva a morte celular por apoptose.

Referências

Palavras-chave

Palavras-chave: SH-SY5Y, Doença neurodegenerativa, Alfa-sinucleína, Mitocôndria, Estresse oxidativo, 6-hidroxidopamina.

Área

Tema livre

Autores

Maria Eulália Vinadé Chagas, Fernanda Martins Lopes, Cássio Morais Loss, Marco Antônio De Bastiani, Geancarlo Zanatta, Richard B. Parsons, Fabio Klamt