I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO DOS METODOS QUIMICO E FISICO DE INDUÇAO DO CARCINOMA ESPINOCELULAR CUTANEO – REVISAO SISTEMATICA DE LITERATURA

Fundamentação/Introdução

O carcinoma espinocelular cutâneo (CEC) é um tipo de câncer de pele não melanoma (CPNM) causado por exposição à radiação ultravioleta. Por se tratar de um país tropical, o Brasil é um local com alta incidência da doença. Para pesquisar tratamentos para o CEC, é necessária a utilização de modelos experimentais. O modelo animal com camundongos é muito empregado, sendo fundamental, para realizá-lo, aplicar métodos de indução do carcinoma. Assim, quando se quer mimetizar os estágios de progressão do CEC, os melhores processos são a indução química ou física.

Objetivos

Realizar uma revisão sistemática da literatura para comparar os métodos de indução química e física do CEC em modelo animal, identificar as vantagens e desvantagens de cada método e qual apresenta maior positividade à doença.

Delineamento e Métodos

Foram utilizadas as bases de dados Web of Science, Scopus e PubMed, por meio da metodologia PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Os critérios de inclusão foram a disponibilidade do texto completo, gratuito, em inglês e publicado entre 2014 a 2018. Os artigos precisariam ter todas as informações referentes ao processo de carcinogênese, como linhagem do camundongo, tipos de drogas, tipo de irradiação, dosagem, tempo de indução e resultados. Após seleção e leitura dos estudos, as informações foram colocadas em tabelas para comparação dos dados.

Resultados

Dos 438 artigos encontrados, 27 foram selecionados por atenderem a todos os critérios de inclusão. Desses estudos, 85,18% utilizaram o método químico para indução e 95,65% dessas induções empregaram a combinação de drogas DMBA e TPA. Todas as induções físicas ocorreram com a irradiação UVB. As pesquisas que apresentaram melhor desempenho em relação ao tempo de indução foram aquelas que realizaram modificações genéticas nos animais, mostrando resultados positivos para CEC antes de 20 semanas de indução. Dentre os métodos de indução sem influência genética, os que apresentaram maior positividade ao CEC foram aqueles que aplicaram o método químico, com cerca de 25 semanas de indução.

Conclusões/Considerações Finais

O método mais rápido de indução do CEC foi o que utilizou animais genéticamente modificados. Entretanto, esse tipo de indução nem sempre pode ser feito, principalmente em estudos que objetivam mimetizar as etapas da carcinogênese em humanos. As induções químicas e físicas normalmente levam o mesmo período para atingir o estágio de CEC.

Referências

Palavras-chave

Carcinoma espinocelular cutâneo, indução química, indução física, modelo experimental

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Rahuany Velleda de Morais, Linda Ariene dos Santos Cardoso, Ana Laura Dias Martins, Thamires Packowski Braga, Amanda Moreira de Barros, Carolina Caleffi, Ana Paula da Silva