I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

EFEITO DA VITAMINA D3 (1Α- 25 DIHIDROXIVITAMINA D3) CONTRA A NEUROINFLAMAÇAO EM RATOS WISTAR JOVENS E EM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Fundamentação/Introdução

No envelhecimento ocorrem alterações no fluxo sanguíneo cerebral, onde o número de células nervosas é notavelmente reduzido. Neste processo ocorre remodelação contínua e um baixo grau de inflamação crônica, conhecido como inflammaging. A vitamina D3 é um hormônio esteróide que tem papéis importantes no sistema nervoso central e está envolvida na regulação da excitotoxicidade neuronal. Há estudos indicando que os baixos níveis de vitamina D3 durante a vida adulta, podem estar ligados ao dano cognitivo e às doenças neurodegenerativas.

Objetivos

Assim, este estudo teve como objetivo, realizar um ensaio clínico para avaliar o efeito da vitamina D (1, 25 (OH) 2 D3) sob parâmetros inflamatórios em ratos Wistar machos com 2, 6, 13, 22 e 31 meses de idade.

Delineamento e Métodos

Os animais foram suplementados com vitamina D3, nas doses de 42 e 420 UI/kg ou água via oral por gavagem, por 21 dias. Ao final do tratamento foram avaliadas a memória de habituação ao campo aberto e a memória espacial analisada pelo labirinto em Y e labirinto octogonal. Logo após os testes comportamentais, 22º dia, os animais foram submetidos à eutanásia para coleta do sangue e estruturas cerebrais. No sangue, foram avaliados os níveis de 25(OH) D3. As estruturas do córtex frontal e hipocampo foram utilizadas para as análises dos níveis do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina 1 beta (IL-1β), IL-6 e IL-10.

Resultados

Os resultados do presente estudo mostram que a vitamina D no soro apresentou-se aumentada nos animais suplementados principalmente com a dose de 420 UI/kg, em 2, 6, 13 e 22 meses, mas não em 31 meses. De forma geral, as idades de 13 e 22 meses apresentaram dano nas memórias espacial e de habituação, e a vitamina D3 foi capaz de reverter este efeito, por modulação, em animais com 13 meses, dos níveis de TNF-α, IL-1β e IL-10, e em animas com 22 meses, pela modulação das citocinas IL-6 e IL-10. Em animais com 31 meses, o dano do envelhecimento foi revertido somente na dose de 420 UI/kg na memória espacial e, este efeito, pode ter ocorrido por modulação das citocinas como a IL-1β, IL-6 e IL-10.

Conclusões/Considerações Finais

Os resultados do presente estudo corroboram a hipótese de que a vitamina D3 pode exercer uma ação imunomoduladora sobre o envelhecimento.

Referências

Palavras-chave

Vitamina D, envelhecimento, memória e inflamação.

Área

Tema livre

Autores

Anita Cachoeira Masiero, Tatiani Santos Belletini, Eduarda Behenck Medeiros, Renata Ramos Pereira, Josiane Budni