I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NOS ANOS DE 2013 A 2017 NO ESTADO DO PARÁ

Fundamentação/Introdução

A sífilis congênita é uma infecção contagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum, transmitida verticalmente. Essa transmissão pode ocorrer no útero da gestante e/ou no momento do parto. Sendo um dos maiores desafios de saúde pública, esta doença é considerada um agravo de notificação compulsória, pois já deveria ter sido erradicada, devido existir métodos de prevenção efetivos, com custo beneficio amplamente positivos, desde que a assistência pré-natal para gestante tenha cobertura de qualidade.

Objetivos

Realizar um levantamento epidemiológico dos casos de sífilis congênita no Estado do Pará.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, no qual os dados obtidos foram coletados a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde (MS), compreendendo o período entre os anos de 2013 a 2017, utilizando variáveis como sífilis materna, tratamento do parceiro, realização do pré-natal, reg.Metropolit/RIDE de resid, classificação final, faixa etária, zona de residência e ano de diagnóstico.

Resultados

Dos dados analisados, o número total de casos confirmados de sífilis congênita foi 3.562. A maioria dos casos confirmados foram localizadas fora da região metropolitana com 67,1% (2.391/3.562) de até seis dias de nascimento com 95,1% (3.388/3.562). A realização do pré-natal foi com 82,7% (2.946/3.562). A sífilis congênita recente foi a mais prevalente com cerca de 90% (3.196/3.562). Os casos confirmados por zona de residência urbana foi predominante com 81% (2.886/3.562). Em relação ao tratamento do parceiro foi realizado apenas com 21,4% (762/3.562). Os últimos anos de 2015 a 2017 teve um aumento no numero de casos confirmados por diagnóstico segundo a sífilis materna, respectivamente com 673, 760 e 809.

Conclusões/Considerações Finais

Nos últimos anos, o número de casos de sífilis materna aumentou apesar de o pré-natal ter sido realizado em mais de 80% dos casos. Casos positivos de sífilis congênita foram mais frequentes em zona de residência urbana fora da região metropolitana. A sífilis congênita classificada como recente foi a mais prevalente. Além disso, é baixo o percentual de parceiros que tratam a doença. O levantamento epidemiológico se mostra importante por verificar se a realização do pré-natal está sendo efetivo para prevenção de sífilis congênita no Estado do Pará.

Referências

Ministério da Saúde. DATASUS. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/sifilispa.def. Acesso: 10/02/2019.

Domingues, R. M. S. M., Saracen, V., Hartz, Z. M. D. A., & Leal, M. D. C. (2013). Sífilis congênita: evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Revista de Saúde Pública, 47, 147-157.

Magalhães, D. M. D. S., Kawaguchi, I. A. L., Dias, A., & Calderon, I. D. M. P. (2013). Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Cadernos de Saúde Pública, 29, 1109-1120.

Palavras-chave

Sífilis Congênita; Perfil epidemiológico; Pará.

Área

Tema livre

Autores

Mayara Ferreira Parente, Raphael De Macedo Henriques, Amanda Damasceno de Cristo Neves, Eder Cruz Dutra, Leonardo Quintão Siravenha