Dados do Trabalho

Título

PREVENÇAO DO CANCER DE COLO DO UTERO NA EXTENSAO UNIVERSITARIA

Fundamentação/Introdução

O Instituto Nacional do Câncer preconiza que a realização do exame Preventivo do Câncer de Câncer de Colo do Útero (PCCU) deve ser realizado em mulheres de 24 a 64 anos. A universidade pode participar desta ação de prevenção desta doença por meio de ações de extensão universitária.

Objetivos

Apresentar os resultados dos exames e a periodicidade de realização do PCCU das mulheres atendidas nas ações de extensão universitária.

Delineamento e Métodos

O estudo é do tipo descritivo, retrospectivo do período de 2017 a 2018, a partir de demanda espontânea de mulheres atendidas por projeto de extensão universitária, as quais realizaram o exame de PCCU em uma universidade pública federal, em Belém do Pará. O projeto tem aprovação de comitê de ética e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Resultados

Um total de 251 mulheres, com média de idade de 41 anos, realizou o PCCU no período. A classificação citológica registrou: 8,76% (n=22) resultados com alterações citológicas, sendo 54,54% (n=12) lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) ; 27,27% (n=6) lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL); 13,64% (n=3) atipia de células escamosas sem excluir lesão intraepitelial de alto grau (ASC-H); 4,55% (n=1) atipia de células escamosas de significado indeterminado (ASC-US). Além de 91,24% (n=229) dos resultados negativos para malignidade, sendo 32,75% (n=75) esfregaços normais e 67,25% (n=154) inflamatórios. A microbiologia presente nos esfregaços foi: 36,65% (n=92) Gadnerella/Mobiluncus sp.; 29,48% (n=74) Lactobacillus sp.; 21,52% (n=54) outros bacilos; 7,97% (n=20) Candida sp.; 1,20% (n=3) efeito citopático do Herpes sp. e 3,18% (n=8) de escassa microbiota vaginal. Em relação à realização periódica do exame, 59,76% (n=150) realizavam o exame anualmente, 33,07% (n=83) não realizavam periodicamente e 7,17% (n=18) fizeram o exame pela primeira vez.

Conclusões/Considerações Finais

Constatou-se que a maioria das mulheres apresentou esfregaços sem alterações citológicas, entretanto mais da metade desses são esfregaços inflamatórios. Desse modo, o microrganismo predominante na microbiota vaginal foi a Gardnerrella/Mobiluncus sp., as quais são bactérias associadas a vaginose bacteriana. Observa-se que mais da metade das mulheres realiza o exame periodicamente, através de projetos de extensão elas tem oportunidade de realizar o exame com frequência ou pela primeira vez, prevenindo o surgimento de lesões precursoras do câncer de colo do útero.

Palavras-chave

Preventivo do Câncer de Colo do Útero, extensão universitária.