Dados do Trabalho
Título
ANALISE DA AVALIAÇAO CITOTOXICA DA EPIGALOCATEQUINA-3-GALATO FRENTE A TRIPANOSSOMATIDEOS: UMA REVISAO
Fundamentação/Introdução
A Epigalocaquetina-3-galato (EGCG) é uma das principais catequinas presente no chá verde (Camellia sinensis). Esta catequina apresenta diferentes ações farmacológicas, como: atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antitumorais e antimicrobianas. Além disso, o EGCG apresenta efeito citotóxico em diversos parasitos, por exemplo: Babesia spp, Leishmania spp, Plasmodium spp, Trypanossoma spp e outros.
Objetivos
Este trabalho tem por finalidade realizar um levantamento baseado na literatura disponível, sobre o efeito citotóxico in vitro e in vivo do EGCG frente aos parasitos: 1) Leishmania braziliensis, causador da leishmaniose cutânea e muco-cutânea e 2) Trypanossoma cruzi, causador da doença de chagas.
Delineamento e Métodos
Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, utilizando bases de dados como: Google Acadêmico, SciELO, Science Direct e PubMed. Foram pesquisados artigos, em inglês, publicados entre os anos de 2007 a 2014. Os descritores utilizados foram: EGCG, parasitos e citotoxicidade. Na busca foram encontrados 15 artigos, sendo destes utilizados apenas 6.
Resultados
O EGCG foi citotóxico frente aos parasitos L. braziliensis e T. cruzi. No parasito L. braziliensis o EGCG induziu in vitro a formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) e produção de peróxido de hidrogênio, os quais afetam diretamente a viabilidade do parasito. O EGCG diminuiu de maneira dose-dependente o potencial de membrana mitocondrial (∆ψm), sendo a mitocôndria a organela essencial para o metabolismo energético do parasito. Em decorrência da diminuição do ∆ψm houve uma redução nos níveis intracelulares de adenosina trifosfato. Observou-se também a ação in vivo do efeito do EGCG em camundongos infectados com leishmaniose cutânea, estes foram tratados com o composto e em poucos dias notaram diminuições nas lesões provocadas pela doença. Estudos relatam a ação citotóxica do EGCG frente à T. cruzi. A ação da catequina afetou de maneira dose-dependente a proliferação do parasito in vitro devido à indução de morte celular programada e mudanças morfológicas do parasito como: 1) perda de flagelos e 2) formas celulares arredondadas. Além disso, foi observado in vivo que o EGCG diminuiu os níveis de parasitemia.
Conclusões/Considerações Finais
O EGCG apresentou efeito citotóxico in vitro e in vivo frente aos parasitos L. braziliensis e T. cruzi. Contudo, são necessários mais estudos para melhor compreender o mecanismo de ação do EGCG nos tripanossomatídeos e demais parasitos.
Palavras-chave
Atividade antimicrobiana; catequina de chá verde; Leishmania braziliensis; toxicidade; Trypanossoma cruzi
Área
Tema livre
Instituições
Centro Universitário Boa Viagem - Pernambuco - Brasil, Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz - Pernambuco - Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
Abigail Eduarda de Miranda Magalhães, Tuanne dos Santos Melo, Tayonara dos Santos Melo, Larissa Silva de Macedo, Lucas Eduardo Bezerra de Lima , Tiago Henrique dos Santos Souza