I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA DOENÇA DE CHAGAS AGUDA (DCA) EM MULHERES NO ESTADO DO PARA NO PERIODO DE 2007 A 2017: UM ALERTA A TRANSMISSAO VERTICAL.

Fundamentação/Introdução

A transmissão vertical da Doença de Chagas (DC) é descrita desde 1911 no Brasil, onde se observa morbimortalidade dos infectados, a transmissão do parasita pode ocorrer em qualquer fase da gestação. Atualmente, as mudanças ambientais e sociais que o Brasil vem passando, alertam a vigilância epidemiológica para transmissão oral da DC, principalmente na região Norte. O estado do Pará, tornou-se uma região endêmica para a DCA, a transmissão congênita vem se tornando uma preocupação para o estado. Assim, estudar o perfil dos casos de DCA na região Norte e principalmente no Pará se faz necessário.

Objetivos

Avaliar o perfil epidemiológico das mulheres com DCA, no período de 2007 a 2017 e o risco da transmissão vertical no estado do Pará.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo de abordagem quantitativa, com dados coletados no Sistema de Agravos e Notificação (SINAN) durante o ano de 2007 a 2017 no Estado do Pará.

Resultados

O perfil da DCA no estado do Pará no período de 2007 a 2017, apresenta-se com 1869 casos confirmados, destes 45% são do sexo feminino, a faixa etária predominante é entre 20-39 anos (~33%), dos 26 óbitos registrados, 34,62% são mulheres. Das 28 grávidas que contraíram a DCA, 17,85% estavam no primeiro trimestre gravidez, 28, 57% no segundo e 28, 57% terceiro trimestre respectivamente, sendo que 25% não apresentavam a idade gestacional. O percentual de contaminação das mulheres no âmbito domiciliar foi de 59,56%, sendo que 72,11% foi infecção oral, também foi observado que 72,89% dessas mulheres estão fora da região metropolitana. Os nossos dados demonstram um alerta para a transmissão congênita no estado do Pará. A maioria das mulheres estão em vida sexual ativa, o que infere à possibilidade de transmissão do tipo vertical, demonstrando que às autoridades competentes precisam fazer mudanças no sistema de vigilância, além do tratamento adequado do foco da doença. É imprescindível a atuação da vigilância epidemiológica aliada a integração de setores públicos, para a promoção do tratamento e da triagem de mulheres com DCA, uma melhor conscientização educacional para estabelecer a importância do cuidado neonatal. Para que assim, a mulher esteja para sua saúde, assim como está para a família.

Conclusões/Considerações Finais

Nossos dados demonstram a importância da implementação de novas estratégias de vigilância, prevenção e controle, assim como a detecção precoce e monitoramento das gestantes, assim como dos recém nascidos portadores da doença.

Referências

Palavras-chave

DCA, gestantes, Pará

Área

Tema livre

Instituições

Faculdade Integrada Brasil Amazônia - Pará - Brasil

Autores

Almir de Souza Oliveira, Murilo Tavares Amorim, Clara Lima Vieira, Carla Juliana Fagundes Ribeiro, Maria Helena Rodrigues de Mendonça