I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DE SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE ISOLADOS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE DE PACIENTES DE UM HOSPITAL DE JOINVILLE

Fundamentação/Introdução

O uso de antibióticos partir do século XX revolucionou os tratamentos de infecções em geral e, apesar disso, deu início a uma série de outras questões relacionadas com os mecanismos de defesa desenvolvidos de microrganismos contra os antimicrobianos.
A resistência bacteriana é um problema bastante frequente nos ambientes hospitalares, fato que tem sido relacionado à etiologia das infecções nosocomiais visto que tais microrganismos possuem forte impacto sobre a morbidade e mortalidade de neonatais. Tendo em vista a alta patogenicidade de alguns destes microrganismos multirresistentes, faz-se de grande importância reconhecer padrões epidemiológicos e os perfis de sensibilidade de tais organismos por meio de metodologias acessíveis a laboratórios de microbiologia.
Entre os microrganismos que desenvolvem mecanismos de resistência está a K. Pneumoniae, que é um bacilo gram-negativo e pode atuar como forte agente oportunista, causando infecções a pacientes imunocomprometidos e cada vez menos respondendo a tratamentos com antimicrobianos. Por esta razão, as opções de combate a ela tornam-se escassas e um dos artifícios responsáveis por isto é a produção da enzima Klebsiella Pneumoniae Carbapenamase (KPC) que pode inativar penicilinas, cefalosporinas e monobactâmicos, facilitando muito o potencial de disseminação das infecções em função da sua localização plasmidial.

Objetivos

Avaliar o perfil de sensibilidade a antimicrobianos de isolados de Klebsiella pneumoniae de pacientes de um Hospital de Joinville

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo observacional a partir de dados do Centro de Controle de Infecções Hospitalares de um Hospital do município de Joinville, no ano de 2017, onde se buscou a incidência de K. pneumoniae em casos de infecções, bem como o perfil de sensibilidade dessa bactéria frente aos antimicrobianos avaliados.

Resultados

No ano de 2017 K. pneumoniae foi isolada de amostras de sangue de 25 pacientes internados no Hospital. Os 25 isolados foram avaliados quanto ao perfil de sensibilidade a diferentes antibióticos, apresentando 84% de resistência a Imipenem e 16% a Meropenem.

Conclusões/Considerações Finais

A bactéria K. pneumoniae teve uma alta incidência no Hospital no ano de 2017, com o agravante do perfil de resistência a antibióticos elevado, caracterizando-se como uma bactéria de alto risco dentro do ambiente hospitalar, necessitando da adoção de medidas preventivas que controlem a sua disseminação, prevenindo assim consequentes agravos para a saúde da população.

Referências

GALVÃO, M. Mecanismos de resistência aos antibióticos. Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia. Lisboa, 2013.

MONTEIRO, J. Infecções nosocomiais. Alguns aspectos. Acta Médica Portuguesa. 1993.

RESENDE, M. et al. Intervenção em surto de Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro expandido (ESBL) em unidade de terapia intensiva neonatal em Teresina, Piauí, 2010-2011. Brasília, 2014.

Palavras-chave

KPC; resistência; carbapenamase.

Área

Tema livre

Autores

Sarah Francine Sebastião, Rafael Dutra Armas