I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

FEBRE DO NILO OCIDENTAL: UMA ZOONOSE DE IMPORTÂNCIA CLINICA

Fundamentação/Introdução

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma doença rara, mas grave, sendo comumente transmitida para as pessoas e animais pela picada de mosquitos do gênero Culex infectados. É uma infecção viral que pode transcorrer de forma subclínica ou com sintomatologia de distintos graus de gravidade, que variam desde uma febre passageira a uma encefalite grave, que ocorre com maior frequência em adultos.

Objetivos

Fornecer informações relevantes sobre a doença quanto ao histórico, forma de transmissão, tratamento e medidas preventivas para evitar sua disseminação.

Delineamento e Métodos

A presente pesquisa, trata-se de uma Revisão de literatura, onde foram selecionados artigos científicos de acesso gratuitos disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde, publicados entre os anos de 2003 a 2018, por meio dos descritores previstos no DEC's: "Febre do Nilo Ocidental", "mosquito" e "doença emergente".

Resultados

A infecção cerebral decorrente da FNO foi identificada pela primeira vez em Uganda, no ano de 1937. Embora extremamente raro, a transmissão da FNO também pode ocorrer através da transfusão sanguínea, transplantes de órgãos e da mãe para a criança durante a gestação ou aleitamento. Em raras ocasiões o vírus pode afetar o sistema nervoso central provocando meningite, ou paralisia aguda que leva o paciente a óbito. O diagnóstico é realizado em aves, cavalos e humanos através do isolamento do vírus em culturas de células, detecção dos antígenos virais em tecido cerebral pela técnica de imuno-histoquímica ou detecção de material genético por técnicas de Reação em cadeia da Polimerase. O tratamento da infecção é de suporte, frequentemente envolvendo hospitalização, fluido intravenoso, suporte respiratório e prevenção de infecção secundária para os pacientes com a doença em sua forma severa. Os pacientes hospitalizados apresentam uma taxa de mortalidade de 4% a 14% sendo maior em imunossuprimidos e idosos. A arbovirose pode ser uma grave ameaça à saúde pública no Brasil, devido ao fato do vírus ter uma gama ampla de hospedeiros.

Conclusões/Considerações Finais

Diante da presente pesquisa, o ideal seria propor estratégias de vigilância para monitorar a possível introdução do vírus no país, tendo como principais enfoques a vigilância de hospedeiros e vetores, vigilância epidemiológica e metodologias de diagnóstico específicos.

Referências

FLORES, Eduardo F.; WEIBBLEN, Rudi. O vírus do Nilo Ocidental. Ciência Rural, Santa Marina, v. 39, n. 2, p.604-612, mar-abr, 2009.

COELHO, Andressa B. Febre do Nilo Ocidental. 2008. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo, 2008.

USP. Estudo abre caminho para vacina contra febre do Nilo Ocidental. São Paulo: Ciências da Saúde, 2018.

FAPESP. Vírus do Nilo Ocidental é isolado pela primeira vez no Brasil. São Paulo: FAPESP, 2018.

LUNA, Expedito J. A.; PEREIRA, Luis Eloy; SOUZA, Renato Pereira de. Encefalite do Nilo Ocidental, nossa próxima epidemia?.Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 12, n. 1, p. 7-19, mar. 2003.

SILVA, Bruna Castro; et al. Vírus do Nilo aterrisa na America do Sul. SEMANA EPIDEMIOLOGICA, 9., 2011, Teresina.

Palavras-chave

Febre do Nilo Ocidental, mosquito, arbovirose.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Católica Dom Bosco - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

Amanda Larissa Ramos Nogueira, Alana Raabe de Morais dos Santos, Thiago Antonio Almeida Rodrigues, Bruna Khun de Freitas Silva