I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

ISOLAMENTO DE ESCHERICHIA COLI EM AMOSTRAS DE CARNE MOIDA COMERCIALIZADAS NO MUNICIPIO DE JATAI-GO.

Fundamentação/Introdução

Escherichia coli (E. coli) é um microrganismo comensal, presente no intestino de mamíferos e aves, é apontado como um dos agentes bacterianos mais frequentes em diarreias de seres humanos e animais. Estudos demonstram que os surtos em humanos envolvendo tais patógenos originam-se pela ingestão de alimentos contaminados, destacando-se os produtos de origem bovina.

Objetivos

verificar se a carne moída comercializada na região Sudoeste do estado de Goiás apresenta-se contaminada com Escherichia coli.

Delineamento e Métodos

Para este estudo experimental utilizou-se 20 amostras de carne moída, analisadas conforme as recomendações da ISO 6579-2017. Das amostras coletadas, 25 gramas foram adicionadas em um erlenmeyer contendo 225 ml de água peptonada, e levadas ao shaker por 24 horas à 37º C para crescimento em agitação orbital. Após esse tempo foi retirado uma alíquota de 100 µL desse caldo colocando-se na placa contendo meio semi-sólido Rappaport-Vassiliadis (MSRV), permanecendo em crescimento por 18 a 24 horas a temperatura de 41,5° C. Ao terceiro dia, foi feito a leitura das placas de MSRV, e as que apresentaram crescimento além do local de inoculação e assumiram uma coloração de halo esbranquiçado, foram classificadas como suspeitas e destinadas para a fase de repique, que foram feitos em placas de Ágar MacConkey, e incubadas a uma temperatura de 36 ± 1°C, durante 18 a 24 h. Após 24 horas foi observado se houve crescimento típico, as colônias são reconhecidas por terem cor rosa brilhante e fermentarem lactose, a confirmação é feita com realização posterior de testes bioquímicos.

Resultados

Foi verificado que 40% (8/20) das amostras de carne de moída analisadas apresentaram-se contaminadas por Escherichia coli, representando um alto risco desta toxinfecção na ingestão desse alimento dependendo de como for conservado, preparado e consumido pela população.

Conclusões/Considerações Finais

A identificação deste patógeno deixa evidente a necessidade de uma maior eficiência por parte de fiscalização frente ao controle e qualidade dos alimentos. A detecção precoce de bactérias pode gerar medidas cabíveis para o controle microbiológico do produto final, desde o abate até a mesa do consumidor.

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 12, de 02 de Janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, 10 jan. 2001.

PENNINGTON, H. Escherichia coli O157. Lancet, London, v.23, n.376, p.1428-1435, 2010.

Palavras-chave

Qualidade microbiológica, enterobactérias, toxinfecção.

Área

Tema livre

Autores

Débora Quevedo Oliveira, Milene Cristina Mendes Lopes, Laísa Prado Freitas, Marcia Dias, Cecília Nunes Moreira