Dados do Trabalho

Título

IDENTIFICAÇAO MOLECULAR DOS ENTEROVIRUS NAO POLIO: A VIGILANCIA DA POLIOMIELITE NAS REGIOES NORTE E NORDESTE DO BRASIL ENTRE 2012 A 2014.

Fundamentação/Introdução

A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é uma doença infectocontagiosa viral aguda caracterizada por um quadro de paralisia flácida com início súbito, que ocorre em cerca de 1% das infecções causadas por poliovírus. Com o lançamento do Programa Global de Erradicação da Poliomielite, a circulação do poliovírus diminuiu drasticamente em todo mundo. Atualmente, alguns estudos demonstraram um elevado número de casos de PFA causados por enterovírus não pólio (EVNP).

Objetivos

Buscou-se identificar os agentes etiológicos isolados em cultura celular provenientes de casos de enteroviroses positivos para EVNP em espécimes humanos.

Delineamento e Métodos

Este foi um estudo quantitativo, utilizando os isolados de 2012 a 2014 reinoculados para propagação viral através das linhagens celulares HEp2-C (carcinoma humano epidermóide de laringe) e RD (rhabdomiosarcoma humano), que foram observadas por 5 dias para observar o efeito citopático. Confirmada a replicação viral, foi feita a extração do RNA viral com kit comercial e a reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa, utilizando os iniciadores 222/292, correspondentes ao gene VP1. A amplificação dos fragmentos foi avaliada em gel de agarose a 1% preparado com tampão Tris-acetato-EDTA (TAE) utilizando um marcador de peso molecular de 50pb. Os fragmentos amplificados foram então purificados e eluídos e, em sequência, foram precipitados e submetidos à reação de sequenciamento. Seus resultados, analisados utilizando o programa BioEdit, comparando-os com as sequências existentes no GenBank utilizando o BLAST para verificar percentual de homologia.

Resultados

No período correspondente aos anos de 2012 a 2014, 16 amostras foram positivas para EVNP, das quais foi possível sequenciar 6 isolados. Identificou-se Echovírus 30 em 3 destes, apresentando uma identidade nucleotídica variando entre de 94,5% e 95,4%. Além de Coxsackievírus B5 em 3 isolados, os quais evidenciaram uma identidade variando de 93,02% a 96,9%.

Conclusões/Considerações Finais

O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989 e, em 1994, o país recebeu o certificado de erradicação do póliovírus selvagem. Desde então a vigilância da PFA é feita por laboratórios vinculados ao Ministério da Saúde de forma contínua. Diante disso, percebe-se a importância dos testes laboratoriais para pesquisa viral, uma vez que auxiliam no monitoramento da erradicação da pólio e na detecção de outros enterovírus que podem causar surtos e sintomas graves.

Referências

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Palavras-chave

Paralisia Flácida Aguda, Erradicação da Pólio, Enterovírus Não Pólio