Dados do Trabalho

Título

Análise retrospectiva da soroprevalência de exames pré-natais realizados por gestantes em um laboratório na cidade de Passo fundo-RS

Fundamentação/Introdução

As infecções maternas podem aumentar a morbimortalidade perinatal quando não diagnosticadas e tratadas. Inúmeras infecções maternas passíveis de transmissão ao feto, podem ocorrer durante a gravidez, com graves sequelas para o recém-nascido. Visando assegurar o nascimento de uma criança saudável bem como garantir o bem-estar da mãe e filho, estão inclusos na atenção pré-natal exames laboratoriais que detectam as principais doenças infecciosas as chamadas TORCHS, sendo elas: Toxoplasmose, Hepatite B e C, HIV, Parvovírus B19, Rubéola, Citomegalovírus (CMV), Herpes simples (HSV) e Sífilis.

Objetivos

O objetivo do estudo é analisar a soroprevalência de CMV, Sífilis, Hepatite C, HIV, Rubéola e Toxoplasmose de exames solicitados durante o pré-natal, de uma população de gestantes atendidas em um laboratório de Análises Clínicas da Cidade de Passo Fundo-RS.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, a partir dos resultados de exames sorológicos de triagem no pré-natal, durante o período de janeiro de 2014 a julho de 2018. Foram incluídos no estudo pacientes de 10 a 49 anos, e foram avaliados os resultados de testes sorológicos para detecção simultânea de anticorpos da classe de IgG e IgM, para CMV, Rubéola e Toxoplasmose destas gestantes.

Resultados

Os dados serão apresentados inicialmente na forma descritiva. Os resultados sugerem que das 146 gestantes, 2,73% apresentaram reatividade para anticorpos da classe IgM do CMV, sugerindo infecção aguda, bem como 89,04% tiveram resultados reagentes para a classe do anticorpo IgG. Enquanto a reatividade de anticorpos da classe IgM anti- Toxoplasma Gondii e anti- Rubella vírus foi de 0,68%, e para a classe IgG reatividade de 2,73% e 58,22% respectivamente. A triagem realizada para os exames de Sífilis apresentou 0,68% de reatividade, para Hepatite C e HIV apresentou 100% de negatividade. A partir destes dados, observamos que a alta taxa de IgG positivo contra as infecções, demostram uma elevada taxa de imunização das gestantes, porém cerca de 6,16% das pacientes encontram-se suscetíveis para adquirir o vírus do CMV, 2,05% suscetíveis para adquirir o vírus da Rubéola e 56,16% susceptíveis a contrair a Toxoplasmose. A idade média das pacientes foi de 29,17 ± 7,26 anos e a infeção mais frequente foi a infecção crônica ao CMV.

Conclusões/Considerações Finais

Em síntese, deve-se incentivar estratégias de planejamento em profilaxia e tratamento destas infecções evitando a sua transmissão vertical e os possíveis dados aos recém-nascidos.

Palavras-chave

Citomegalovírus, HIV, Rubéola, Sífilis, Transmissão Vertical de Doença Infecciosa.