Dados do Trabalho

Título

DETECÇAO MOLECULAR DOS ENTEROVIRUS E PARECHOVIRUS POR RT-QPCR EM AMOSTRAS DE LIQUIDO CEFALORRAQUIDIANO PROVENIENTES DE PACIENTES COM SUSPEITA DE INFECÇAO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL.

Fundamentação/Introdução

A meningite asséptica é uma doença infecciosa no sistema nervoso central, mais frequentemente ocasionada devido à infecção viral, cujos modos de transmissão dependem do agente etiológico envolvido, sendo os enterovírus (EV) um dos principais causadores. Os parechovírus (HPeV) vêm aumentando sua participação nessa doença. É importante destacar que os sinais e sintomas inespecíficos que mais antecedem e/ou acompanham o quadro da meningite asséptica por EV são: manifestações gastrointestinais (vômitos, anorexia e diarreia), respiratórias (tosse, faringite) e ainda mialgia e erupção cutânea.

Objetivos

Buscou-se detectar o genoma de enterovírus e parechovírus em amostras de LCR de pacientes com diagnóstico de meningite asséptica e meningoencefalite, provenientes do Piauí nos anos de 2016 e 2017, devido ao elevado número de amostras enviadas pela Secretaria de Saúde desse Estado.

Delineamento e Métodos

Deste modo, um total de 103 amostras de LCR foram extraídas com kit comercial e testadas utilizando transcrição reversa em tempo real (RT-qPCR) para enterovírus, sendo 38 amostras do ano de 2016 e 65 amostras do ano de 2017. Portanto, este é um estudo de caráter quantitativo. A curva de calibração foi construída a partir da amostra representativa de gBlocks® Gene Fragments da Integrated DNA Technologies® (IDT), o qual contém a sequência alvo de EV e HPeV. A solução reconstituída foi diluída, seguindo as recomendações do fabricante, para obter uma solução de 2ng/µL. Para a realização dos testes, a solução também foi diluída em série entre 100 a 10-5.

Resultados

Assim sendo, referente ao ano de 2016, 21% (8/38) das amostras foram positivas para enterovírus; 58% (22/38) negativas e 21% (8/38) inconclusivas. Relacionado ao ano de 2017, 31% (20/65) foram positivas para enterovírus; 63% (41/65) foram negativas e 6% (4/65) foram inconclusivas. Nenhuma amostra foi positiva para parechovírus.

Conclusões/Considerações Finais

Com base nisso, observou-se um aumento nos casos de infecções por enterovírus no Estado do Piauí, comprovando a importância da vigilância para monitorar a prevalência desses vírus no Brasil. Evitando, assim, um problema de saúde pública como já ocorre em outros países.

Referências

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Palavras-chave

Meningite Asséptica. Líquido Cefalorraquidiano. Enterovírus. Parechovírus.