Dados do Trabalho
Título
ANALISE DO CONHECIMENTO DE ACADEMICOS DE UM CENTRO UNIVERSITARIO DE JOINVILLE/SC EM RELAÇAO AO TRANSPLANTE DE MEDULA OSSEA
Fundamentação/Introdução
No decorrer dos anos, com o avanço científico e tecnológico na área da saúde, o transplante de medula óssea tornou-se um procedimento terapêutico amplamente utilizado para o tratamento de doenças até pouco tempo consideradas incuráveis. Embora o transplante possa auxiliar no tratamento de cerca de oitenta doenças em diferentes estágios, a principal barreira na realização do procedimento é a dificuldade na busca por doadores compatíveis.
Objetivos
O objetivo foi analisar o conhecimento de acadêmicos de um Centro Universitário de Joinville/SC em relação ao transplante de medula e sua pré-disposição a se tornar doador.
Delineamento e Métodos
Foi realizada uma pesquisa de campo de abordagem quantitativa e qualitativa, por meio de um questionário-entrevista aplicado a 200 universitários matriculados nos turnos matutino e noturno e maiores de idade (entre 18 e 55 anos). O trabalho contou com aprovação prévia do comitê de ética. Foi utilizado o teste t pareado unilateral, utilizando o software BioEstat.
Resultados
Observou-se que os universitários possuem conhecimento acerca da importância do procedimento de transplante e das situações que impedem o ato de doação. Em relação ao número de acadêmicos cadastrados como doadores, constatou-se que a maioria (86%) não são doadores de medula óssea, e 61% dos entrevistados referiram como principal motivo do não cadastramento, a falta de conhecimento sobre o assunto. Observou-se que apenas os universitários já cadastrados como doadores de medula óssea possuíam conhecimento alto acerca do assunto; já no grupo dos acadêmicos não cadastrados como doadores voluntários foi detectado um conhecimento prévio razoável ou baixo. Entretanto, este estudo evidenciou que um número significativo dos graduandos não detém conhecimentos básicos sobre o tema. Quando questionados sobre a disposição em tornar-se um doador voluntário de medula, percebeu-se que a disposição do acadêmico aumenta caso o paciente que necessitasse da doação fosse alguém próximo. Nesse sentido, a presente pesquisa pode comprovar que a disposição em tornar-se um doador aumenta quando envolve laços afetivos e quando o indivíduo detém conhecimento sobre o processo de doação.
Conclusões/Considerações Finais
É notável que a desinformação em relação à doação de medula óssea, assim como dúvidas que geralmente surgem de comentários errôneos do senso comum baseado no misticismo cultural, são fatores que interferem na decisão de se tornar ou não um doador.
Referências
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Palavras-chave
Células tronco hematopoiéticas. Universitários. Doador voluntário. Medula óssea. Transplante.
Área
Tema livre
Instituições
Centro Universitário Católica de Santa Catarina - Unidade Joinville - Santa Catarina - Brasil
Autores
Bruna Carlini, Carolina Fernanda Dopke, Luis Eduardo Maestrelli Bizzo