I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

MENINGITE EOSINOFILICA ASSOCIADA A PARASITOSE POR ANGIOSTRONGYLUS CANTONENSIS

Fundamentação/Introdução

A meningite eosinofílica causada por Angiostrongylus cantonenses é uma doença emergente no Brasil e destaca-se a importância de sua notificação bem como a atuação de centros de saúde em compilar informações sobre diversos aspectos desta infecção.

Objetivos

Fornecer informações sobre doença: vetor, forma de transmissão, diagnóstico e tratamento.

Delineamento e Métodos

A presente pesquisa, trata-se de uma Revisão de literatura, onde foram selecionados artigos científicos de acesso gratuitos disponíveis nas bases de dados virtuais em saúde, publicados entre os anos de 2006 a 2019, por meio dos descritores previstos no DEC's: "Angiostrongylus cantonensis", "parasitose" e "meningite eosinofílica".

Resultados

O caramujo invasor Achatina fulica é hospedeiro intermediário de larvas de nematódeos como o A. cantonensis causador da meningite eosinofílica. Dessa forma, o homem se contamina acidentalmente com o parasita pela ingestão ou contato com muco de caracóis infectados, que podem ser encontrados em vegetais crus contaminados. Para diagnosticar a doença é importante que sejam observadas as manifestações clínicas, bem como investigar se houve exposição a uma possível fonte de infeção e confirmar a presença de eosinofilia no
líquido cefalorraquidiano (LCR), pois mesmo em infecções graves, encontrar larvas intactas durante o exame microscópico do LCR é raro. O tratamento consiste em diminuir a pressão intracraniana, através da realização de punção lombar de forma repetida, aliviar a dor com o uso de analgésicos e eliminar o parasita com a administração de anti-helmínticos. O A. cantonesis foi associado a um caso de meningite pela primeira vez no território brasileiro em 2006. Desde então, até o ano de 2018, foram confirmados 34 casos da infecção em pacientes oriundos dos Estados de Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Conclusões/Considerações Finais

Deste modo, pode-se considerar que esta doença tem se tornado cada vez mais evidente no Brasil, sendo uma doença grave e emergente, porém negligenciada. Um dos principais fatores de agravamento do quadro é o atraso no diagnostico aumentando em 26% as chances de coma. É necessário alertar as autoridades para a criação de mecanismos de vigilância epidemiológica para detecção mais precoce de novos casos e também quanto ao controle ambiental sobre os vetores.

Referências

OLIVEIRA, Thiago T. de.; et al. Meningite associada à parasitose por Angiostrongylus cantonensis. CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, III, 2018, Campina Grande. Artigo. Universidade Estadual da Paraíba, 2018. 1-7 p.

SANTOS, Camila C. G. dos. Meningite eosinofílica causada por Angiostrongylus cantonensis. CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 17°, 2017, São Paulo. Artigo. Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, 2017. 2-4 p.

CUNHA, Mayara. C. R.; et al. Meningite eosinofílica: relato de caso. RBAC, São Paulo, 1-3, janeiro, 2017.

Palavras-chave

Meningite eosinofílica, Angiostrongylus cantonensis, infecção.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Católica Dom Bosco - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

Alana Raabe de Morais Santos, Amanda Larissa Santos Nogueira, Thiago Antonio Almeida Rodrigues, Bruna Khun de Freitas Silva