I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

DETECÇAO MOLECULAR E GENOTIPAGEM DA CHLAMYDIA TRACHOMATIS EM MULHERES DE BAIXA RENDA DA POPULAÇAO DE BELEM/PA ATENDIDAS POR UM PROGRAMA DE EXTENSAO UNIVERSITARIA.

Fundamentação/Introdução

Introdução: A infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela Chlamydia Trachomatis é considerada como a infecção bacteriana mais prevalente no mundo. Estima-se que ocorram em torno de 100 milhões de novos casos por ano da infecção, sendo considerada como um problema de saúde pública mundial, sendo uma infecção de transcendência socioeconômica e negligenciada. A C. trachomatis é uma bactéria gram-negativa, intracelular obrigatória devido à ausência de mecanismos de síntese de ATP. Além disso, apresenta seu tropismo pelo epitélio ocular e órgãos genitais. Quando alojado em órgãos genitais o bactéria causa infecções que inicialmente acometem a região da uretra e subsequentemente o colo uterino.

Objetivos

Objetivos: O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter transversal e descritivo que teve como objetivos: descrever a prevalência de C. Trachomatis em mulheres da população de Belém (Pará), atendidas por um programa de extensão universitária; e Identificar a variabilidade dos genótipos de C. Trachomatis que circulam entre esta população.

Delineamento e Métodos

Metodologia:O estudo compreendeu o DNA de 230 amostras, obtidas a partir da secreção ectocervical, e o diagnóstico da infecção foi realizado através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) que tinha como alvo o gene ompA da bactéria. As amostras amplificadas foram sequenciadas e alinhadas para análise filogenética pelo programa Bioedit.

Resultados

Resultados: Os resultados obtidos mostraram que apenas 11 (4,8%) mulheres apresentavam infecção por C. trachomatis, uma prevalência já encontrada em outro Estado do Norte do Brasil (Amazonas), porém baixa quando comparada a outros estados brasileiros do Nordeste (Pernambuco e Rio Grande do Norte). Com relação à genotipagem, observou-se que 90,9% das amostras amplificadas pertenciam ao genótipo F e 9,1% ao genótipo D da bactéria.

Conclusões/Considerações Finais

Discussão: O genótipo F é mais frequente em infecções urogenitais oriundas de relações sexuais via canal vaginal. Outros estudos no Brasil e de outras regiões do mundo também encontraram o genótipo F como o mais prevalente e isto pode indicar que este genótipo pode estar sofrendo uma seleção adaptativa em decorrência das características intrínsecas do tipo de população, como a idade, comportamento sexual, tropismo tecidual da infecção e local de origem das mulheres acometidas. Porém, estudos complementares com um maior número de amostras devem ser realizados para corroborar esta hipótese.

Referências

Palavras-chave

C. trachomatis, Prevalência, Genotipagem, Belém-Pará.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade Federal do Pará - Pará - Brasil

Autores

Andrey Henrique Gama Pinheiro, Josinaide Quaresma Trindade, Evonnildo Costa Gonçalves, Maísa Silva Sousa, Délia Cristina Figueira Aguiar