I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

MODELOS DE ESTUDO PARA AVALIAR A VIRULENCIA DE FUNGOS FILAMENTOSOS DE INTERESSE CLINICO

Fundamentação/Introdução

Fungos filamentosos facilmente adaptam-se às condições ambientais, incluindo hospedeiros animais. Essa adaptação ocorre devido ao potencial de virulência desses fungos que lhes confere a capacidade de infectar e causar danos no hospedeiro.

Objetivos

Padronizar modelos in vivo e in vitro que permitam estimar o potencial de virulência dos fungos filamentosos Fusarium solani, F.oxysporum e Trichophyton rubrum.

Delineamento e Métodos

Foram avaliados os seguintes parâmetros: tolerância a diferentes temperaturas; capacidade de formação de biofilme e patogenicidade em larva de Tenebrio molitor. Para o ensaio de tolerância a diferentes temperaturas, os fungos foram repicados no meio Jimenez caseiro e mantidos em estufas a 25, 35 e 39 ºC por cinco dias com análise do crescimento feita a cada 24 horas. A capacidade de formação de biofilme foi avaliada sobre fragmentos de cateter venoso, colocados em contato com os fungos (1x107 conídios/mL) e incubados a 35 °C por 24, 48 e 72 horas em meio RPMI. Após cada período foram avaliados viabilidade celular, biomassa total, atividade metabólica mitocondrial e composição da matriz extracelular. Para a patogenicidade in vivo foram separadas quatro grupos de 10 larvas: grupo 1, controle positivo, o qual recebeu apenas PBS estéril; grupo 2, infectado com 1 x 103 conídios/mL; grupo 3, infectado com 1 x 104 conídios/mL; grupo 4, infectado com 1 x 105 conídios/mL. As larvas foram incubadas a 37 °C recebendo a dieta de criação, sendo o número de larvas mortas registrado em intervalos de 24 horas durante cinco dias.

Resultados

Observou-se desenvolvimento dos três fungos, em todas as temperaturas, porém o maior e menor crescimento foram evidenciados a 25 e 35 ºC, respectivamente. Entretanto para a espécie, F. solani o melhor crescimento foi a 39 ºC. A maturação do biofilme ocorreu de 48 a 72 horas, com crescimento estável da biomassa total. Após 72 horas ocorreu dispersão, com diminuição dos parâmetros avaliados. Já no modelo in vivo observou-se que a mortalidade das larvas foi importante, demonstrando a virulência desses fungos é proporcional à concentração do inóculo.

Conclusões/Considerações Finais

A partir da padronização dessas técnicas, foi possível demonstrar que os fungos filamentosos avaliados são capazes de se desenvolverem em diferentes temperaturas, aderirem e formam biofilme sobre cateter e se desenvolvem em modelos alternativos para estudos in vivo, provocando a morte das larvas.

Referências

Palavras-chave

Fungos oportunistas, patogenicidade, biofilme, Tenebrio molitor.

Área

Tema livre

Autores

Deisiany Gomes Ferreira, Alice Bianchi de Oliveira, Amanda Milene Malacrida, Pamela Stéphani Tymniak Rezende, Melyssa Negri