I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

EFEITO DA EPIGALOCATEQUINA-3-GALATO NA ADESAO DE TRICHOMONAS VAGINALIS SOBRE POLIESTIRENO

Fundamentação/Introdução

A patogenicidade do protista Trichomonas vaginalis, causador da tricomoníase, está relacionada com sua capacidade de citoaderência. O parasito é capaz de aderir in vitro sobre diversas superfícies, como o poliestireno. Sabe-se que a epigalocatequina-3-galato (EGCG), catequina do chá verde (Camelia sinensis), inibe a adesão de células de mamíferos sobre substratos.

Objetivos

Avaliar o efeito do EGCG sobre a adesão de Trichomonas vaginalis em superfície de poliestireno.

Delineamento e Métodos

Neste estudo experimental foram utilizados duas cepas do parasito (FMV1 e JT), cultivadas em meio TYM (Triptona – Extrato de Levedura – Maltose) contendo soro feral bovino, por 48 horas a 37°C. Para avaliar a adesão de Trichomonas vaginalis em poliestireno, os parasitos foram incubados com EGCG nas concentrações de 10µM e 500µM, por 0.5h a 37 °C. Em seguida, as células foram lavadas com tampão fosfato salino, transferidos para placa de poliestireno de 24 poços e incubados por 0.5, 2 e 4 horas a 37ºC. Posteriormente, as placas foram coradas com cristal violeta e a absorbância foi medida em ƛ= 570nm. Como controle, os parasitos não foram tratados com EGCG.

Resultados

Os resultados obtidos com o tratamento de EGCG foram normalizados com o controle, sendo este assumido em 100% de adesão. A capacidade de adesão de ambas as cepas de T. vaginalis sobre superfície de poliestireno diminuiu quando os parasitos foram expostos ao EGCG. Após tratamento com 10µM de EGCG, os parasitos da cepa Jt exibiram 49%, 19% e menos de 1% de capacidade de adesão sobre a placa de poliestireno, nos tempos de interação de 0.5, 2 e 4 horas, respectivamente. Resultados similares forma observados quando os parasitos da cepa Jt foram tratados com 500µM EGCG. Adicionalmente, quando T. vaginalis da cepa FMV1 foi exposta a 10µM EGCG, a capacidade de adesão dos parasitos sobre a superfície de poliestireno foi de 31%, menos de 1% e 46%, nos tempos de 0.5, 2 e 4 horas, respectivamente. Além disso, quando os parasitos da cepa FMV1 foram tratados com 500µM de EGCG, a capacidade de adesão no tempo de 0.5 foi de 21%, e nos tempos de 2 e 4 horas foi inferior a 1%.

Conclusões/Considerações Finais

O EGCG diminui a capacidade de adesão de T. vaginalis em superfície poliestireno. Mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos de ação deste composto sobre o parasito.

Referências

Palavras-chave

Adesão, catequina de chá verde, poliestireno, tricomoníase

Área

Tema livre

Instituições

Centro Universitário Boa Viagem - Pernambuco - Brasil, Instituto Aggeu Magalhães- Fiocruz PE - Pernambuco - Brasil, Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

Abigail Eduarda de Miranda Magalhães, Tuanne dos Santos Melo, Antonio Pereira- Neves