I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

IDENTIFICAÇÃO DE INIBIDORES DE ACETILCOLINESTERASE EM PLANTAS NATIVAS DO CERRADO

Fundamentação/Introdução

No Cerrado, existem cerca 11.627 espécies vegetais identificadas pelos cientistas e cerca de 4.400 dessas espécies são endêmicas. Destas, 561 espécies apresentam princípios ativos com potencial farmacológico, além de um número muito maior ser utilizado na alimentação humana e produção de cosméticos. A química de produtos naturais desempenha um papel importante na conservação e no uso sustentável da diversidade biológica, especialmente por que existem substâncias essenciais aos processos biológicos de regulação celular, comunicação química e defesa (BOLZANI, 2016), sendo assim tem um papel relevante para o desenvolvimento de fármacos, cosméticos, fragrâncias, e outros bioprodutos, dado a diversidade estrutural e grupos funcionais presentes em substâncias que compõem a biodiversidade terrestre. Tais substâncias, dentre elas a acetilcolina (ACh) e acetilcolinesterase (AChE), que enseja importante estudo na doença de Alzheimer, patologia neurodegenerativa progressiva, vem sendo investigada para o desenvolvimento de novos tipos de terapia e também intervenção agroecológica.

Objetivos

Extratos de plantas nativas do cerrado foram testados com o intuito de isolar o composto inibitório da acetilcolinesterase, através de uma metodologia simples e rápida utilizando cromatografia em camada delgada comparativa.

Delineamento e Métodos

Testes de inibidores de acetilcolinesterase foram empregados nas placas. A caracterização de inibidores de acetilcolinesterase foi realizada de acordo com a metodologia descrita por MARSTON et al. (2002). É um método que oferece rápido acesso a informações sobre a atividade e a localização da atividade relacionada à planta, pois os constituintes separados podem ser diretamente detectados nas placas de CCDC, uma vez que as regiões da placa que contêm inibidores da acetilcolinesterase aparecem como halos brancos no fundo púrpura.

Resultados

Foram observados a existência de compostos que inibem a enzima AChE, evidenciando a atividade anticolinesterásica, assim os extratos se mostraram ativos frente à enzima qualificando os mesmos como promissores a serem estudados uma vez que esses compostos poderão apresentar um potencial a elaboração de novos fármacos anticolinesterásicos por exemplo para serem empregados no tratamento da doença de Alzheimer ou mesmo na agroecologia.

Conclusões/Considerações Finais

Estudos promissores estão sendo realizados em paralelo a fim de elucidar os compostos secundários e de quantificar a inibição enzimática com destaque aos inibidores de acetilcolinesterase.

Referências

BOLZANI, V. S. Biodiversidade, bioprospecção e inovação no Brasil. Cienc. Cult., São Paulo, v. 68, n. 1, p. 04-05, mar. 2016. Disponível em <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000967252016000100002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 05 fev. 2019.
MARSTON, A. KISSLING, J.; HOSTETTMANN, K.A. A Rapid TLC Bioautographic Method for the Detection of Acetylcholinesterase and Butyrylcholinesterase Inhibitors in Plants. PHYTOCHEMICAL ANALYSIS. Phytochem. Anal. 13, 51–54, 2002. DOI: 10.1002/pca.623.

Palavras-chave

Ensaio enzimático. Inibidor de Colinesterase. Produtos Naturais.

Área

Tema livre

Instituições

INSTITUTO FEDERAL GOIANO - Goiás - Brasil

Autores

TACIANE CARPINI, PAULO SÉRGIO PEREIRA