I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ADULTOS JOVENS HIPERCOLESTEROLÊMICOS

Fundamentação/Introdução

A hipercolesterolemia vem sendo associada com o desenvolvimento de doenças, principalmente doenças cardiovasculares, mas também, com doenças do sistema nervoso central (SNC), tais como a depressão.

Objetivos

Nesse sentido, o estudo teve como objetivo associar os níveis aumentados de colesterol total com a prevalência de sintomas depressivos em adultos jovens usuários de um Laboratório de Análises clínicas em um município do extremo sul catarinense.

Delineamento e Métodos

Para a realização do estudo observacional transversal, cuja análise é descritiva e quantitativa, foram selecionados indivíduos entre 18 e 29 anos que haviam realizado a dosagem de colesterol total no laboratório para a realização do Inventario de depressão de Beck (BDI). Além disso, também foram coletados os dados de dosagens bioquímicas, tais como HDL (lipoproteína de alta densidade), colesterol presente na LDL (lipoproteína de baixa densidade), triglicerídeos, glicose e leucócitos. Dos pacientes que participaram da pesquisa, 52,7% era do sexo feminino, enquanto 47,3% era do sexo masculino.

Resultados

Os valores médios de colesterol total para adultos jovens hipercolesterolêmicos foram de 208,23 mg/dL, e os adultos jovens controles apresentaram média 132,21 mg/dL de colesterol total no sangue, sendo observada uma diferença significativa entre os dois grupos de indivíduos. Não foi observada diferença nos níveis de HDL colesterol entre hipercolesterolêmicos e indivíduos controle. Já nos níveis de LDL colesterol, houve uma diferença significativa, com valores de 129 mg/dL para hipercolesterolêmicos, enquanto o grupo controle foi de 64,31 mg/dL. As demais variáveis bioquímicas incluindo glicemia e hemograma tiveram seus níveis dentro dos valores de referência, sendo que os números de leucócitos não foram diferentes nos grupos estudados. A glicemia foi significativamente diferente entre os dois grupos estudados, assim como os níveis de triglicerídeos. Os indivíduos hipercolesterolêmicos apresentaram uma pontuação significativamente maior no BDI quando comparados aos controles. Além disso, essa pontuação foi positivamente correlacionada com os níveis de colesterol total.

Conclusões/Considerações Finais

Os dados apontam uma relação precoce entre hipercolesterolemia e sintomas depressivos. Todavia, mais estudos são necessários para entender a relação entre a hipercolesterolemia e o desenvolvimento de depressão.

Referências

Palavras-chave

Jovens, Hipercolesterolemia, Colesterol total, Sintomas depressivos, Inventario de depressão de Beck.

Área

Tema livre

Instituições

Universidade do Extremo Sul Catarinense - Santa Catarina - Brasil

Autores

Victória Linden de Rezende, Isadora Carrer, Mariane Bernardo Duarte, Emilio Luiz Streck, Jade de Oliveira