Dados do Trabalho
Título
CORONOPUS DIDYMUS (MASTRUNÇO): AVALIAÇAO PRE-CLINICA DA ATIVIDADE CICATRIZANTE DO EXTRATO HIDROALCOOLICO
Fundamentação/Introdução
A cicatrização, processo de reparo que segue a lesão na pele e em outros tecidos moles, é um evento biológico complexo dividido em fases que se sobrepõem, sendo elas: Hemostasia e inflamação controlada, remodelamento e formação tecidual. Coronopus didymus, conhecido como “Mentruz” ou “Mastrunço” é uma planta herbácea anual, com ampla distribuição no território brasileiro. Na medicina popular é utilizada na forma de emplastros em machucaduras e ferimentos externos, atuando como cicatrizante sem a devida validação científica.
Objetivos
Este estudo teve como objetivo avaliar a propriedade cicatrizante do extrato hidroalcóolico de Coronopus didymus (EHCD) em modelo de ferida e cicatrização cutânea.
Delineamento e Métodos
Para isso, foi realizado um estudo experimental, utilizando camundongos swiss fêmeas (entre 25 e 30g), de três meses de idade, divididos em cinco grupos distintos de tratamento: G1 (Controle Negativo/Creme Base); G2, G3 e G4 (EHCD incorporado em creme nas concentrações 1, 3 e 5%) e G5 (Controle Positivo/Creme cicatrizante comercial Nebacetin®). Os tratamentos foram administrados em forma tópica sobre a área lesionada cirurgicamente para o experimento, durante 15 dias consecutivos, a partir do primeiro dia de excisão cirúrgica de úlceras cutâneas. Foram avaliados posteriormente o tempo de cicatrização do tecido lesado, bem como as condições morfológicas do mesmo através da análise macroscópica, histologia tecidual e medida da progressão das lesões no Software EARP.
Resultados
Os resultados obtidos demonstraram que o extrato hidroalcóolico de Coronopus didymus apresentou um efeito significativo na cicatrização da pele de camundongos em relação à área lesionada. Quando comparado ao controle negativo, os tratamentos com o EHCD 3 e 5% promoveram o fechamento das feridas em menor tempo se comparados aos demais grupos. Destacando-se o tratamento com o EHCD na concentração 5%. Histologicamente, também pode-se observar cicatrização total através da remodelação do tecido lesionado, com a proliferação das células epiteliais, migração de fibroblastos e produção de colágeno.
Conclusões/Considerações Finais
Os resultados em conjunto comprovam o efeito da planta no processo de cicatrização e corroboram com os resultados obtidos pela população quando utilizam a planta para este fim, validando seu uso popular no processo de cicatrização.
Palavras-chave
Cicatrização, Plantas Medicinais, Coronopus didymus.
Área
Tema livre
Instituições
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Santa Catarina - Brasil
Autores
Tainá Larissa Lubschinski, Márcia Maria de Souza, José Roberto Santin, Maria Veronica Davila Pastor, Maique Weber Biavatti