I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA TUBERCULOSE NO ESTADO DO PARA DE 2007 A 2015: SERIE HISTORICA

Fundamentação/Introdução

A Tuberculose (TB) é uma doença crônica e transmissível causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, sendo considerada pela OMS um grave problema de saúde pública. Estima-se que cerca de um terço da população mundial esteja infectada pela bactéria. O Brasil fez parte da lista dos países prioritários com a maior carga da doença em 2015 quando 67 mil pessoas adoeceram e 4,5 mil morreram com TB. Em 2011, Belém, a capital do Pará, apresentou uma incidência de TB de 84,9 casos por 100.000 habitantes, uma das maiores entre as capitais brasileiras. Portanto, conhecer a distribuição da TB no estado do Pará durante o período de 2007 a 2015, se faz de suma importância para a identificação dos municípios serem priorizados no combate da TB, uma vez que em 2007 foi estabelecido no Brasil o “Plano estratégico para o controle da Tuberculose, Brasil 2007-2015”

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico e a incidência da Tuberculose, segundo o sexo e municípios do estado do Pará de 2007 a 2015 para auxiliar as ações de combate a TB nas Regionais de saúde no Pará. Uma vez que, em 2014, durante a Assembleia Mundial de Saúde, na Organização Mundial da Saúde (OMS), foi aprovada a nova estratégia global para enfrentamento da tuberculose, com a visão de um mundo livre da tuberculose até 2035.

Delineamento e Métodos

Este trabalho se consistiu em um estudo epidemiológico transversal, observacional, descritivo de série histórica da Tuberculose no estado do Pará durante os anos de 2007 a 2015, com dados secundários obtidos no Data SUS, notificados ao Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN).

Resultados

O número de casos de Tuberculose, no período de 2007 a 2015, no estado do Pará foi de 35.821, dos quais 62,71% pertenciam ao sexo masculino. Com relação as variáveis idade, raça, zona de residência e forma clínica da doença a distribuição da frequência relativa foi de 46,98% (idade entre 20 a 39 anos), 71,53% (autodeclarados raça parda), 83,80% (zona urbana), 86,61% (forma pulmonar) respectivamente. A incidência geral teve seu maior pico no ano de 2011 (56,42/100.00 habitantes), sendo que o sexo masculino apresentou as maiores incidências em todo o período analisado

Conclusões/Considerações Finais

Não houve uma redução considerável na taxa de incidência da tuberculose ao longo dos anos analisados, enfatizando a necessidade de políticas públicas especializadas e intensificadas de acordo com as particularidades de cada região

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília; 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Brasília; 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação da tuberculose no Brasil. Brasília; 2012.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasil livre tuberculose: Plano Nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública. Brasília; 2017.
COSTA, A. F. A et al. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE: SÉRIE HISTÓRICA . Revista de enfermagem UFPE online. Marangape-CE. Junho de 2016.
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Palavras-chave

Epidemiologia, tuberculose, série histórica, incidência.

Área

Tema livre

Autores

RAFAELA LEAL VALMONT, FELIPE ALEXANDRE VINAGRE SILVA, KLINSMANN THIAGO LIMA, SUZY DANIELLE BARBOSA PACHECO, ISABEL ROSA CABRAL