I Congresso Sul Brasileiro de Biomedicina

Dados do Trabalho


Título

COLOSTRO E AMAMENTAÇAO: TERAPIA IMUNE ORAL PARA O RECEM-NASCIDO E PREMATURO

Fundamentação/Introdução

A amamentação é uma prática que apresenta relatos desde a antiguidade. O colostro e o aleitamento materno trazem benefícios para o desenvolvimento imunológico do recém-nascido (RN). Com função de proteger a mucosa intestinal, estimular a maturação epitelial e aumentar a produção de enzimas. Imunização passiva atua na introdução de anticorpos específicos. A via mucosa orofaríngea é proposta como solução para oferecer colostro aos RNs impossibilitados de serem amamentados, sendo beneficiados por fatores imunoestimulantes de defesa, auxilio no equilíbrio e estímulos de antígenos, melhora na imunidade, digestão e absorção de nutrientes.

Objetivos

Realizar revisão bibliográfica referente a importância da amamentação e do colostro, como forma de terapia imune oral para o recém nascido e prematuro.

Delineamento e Métodos

revisão da literatura em livros, artigos, publicações periódicas e materiais disponíveis em plataformas eletrônicas, de 2017 a nove anos anteriores. Foram empregados os unitermos: colostro humano, aleitamento materno, imunoglobulinas, prematuro, bem como a combinação entre eles nas línguas português, inglês e espanhol.

Resultados

A proteção concedida pelo aleitamento bem como as citocinas do colostro materno quando administrado na orofaringe do RN interagem com as células linfoides da mucosa oral e absorção no intestino formando uma barreira imunológica na mucosa intestinal. Foi evidenciada a importância do aleitamento materno e colostro na imunidade passiva de neonato no seu sistema imaturo, corroborando que o colostro atua como alimentação e como terapia imune, estimulando o desenvolvimento de defesa do RN.

Conclusões/Considerações Finais

O RN é mais frágil às infecções, sendo fundamental a proteção concedida pelo aleitamento materno por ser comprovadamente uma forma de transmissão de imunidade, as citocinas do colostro da própria mãe quando administrado na orofaringe do RN interagem com as células linfoides da mucosa oral e absorção no intestino gerando a formação da barreira imunológica na mucosa intestinal. Assim, esse líquido precioso deve ser visto não apenas como alimentação, mas sim um potencial de terapia imune imunológica que estimula o desenvolvimento e a resposta de defesa do RN. A determinação dos indicadores e das variáveis relacionados ao tempo de aleitamento materno pode ser um valioso instrumento no planejamento de ações e políticas públicas no sentido de melhorar os índices de aleitamento. Sugere-se mais estudos que indiquem procedimentos que auxiliem neste contexto.

Referências

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Andrade, Juliana Silveira et al. Níveis séricos do fator neurotrófico derivado do cérebro e citocinas e a duração da amamentação em crianças e adolescentes [Serum levels of Brain-Derived Neurotrophic Factor and cytokines and duration of breastfeeding in children and adolescents]. Clinical & Biomedical Research, [S.l.], v. 34, n. 1, apr. 2014. ISSN 2357-9730 http://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/44095/28772.

Organização Mundial De Saúde:. Alimentação de lactentes e crianças pequenas. Fact Sheet Nº 342. Atualizado janeiro 2016. http://who.int/mediacentre/factsheets/fs342/en/.

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Palavras-chave

Colostro humano; aleitamento materno; amamentação; imunoglobulina; prematuro.

Área

Tema livre

Instituições

Centro Universitário Metodista IPA - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Graziela Almeida Dohmer, Laura Vicedo Jacociunas